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Tite não esteve presente para falar da maior goleada do Flamengo sobre o Vasco na história. O motivo foram dores no joelho, que o fizeram passar por um procedimento médico no vestiário. Devido a isso, os auxiliares Matheus Bachi e Cleber Xavier estiveram presentes para falar sobre o 6 a 1 aplicado neste domingo, no Maracanã, pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro, onde admitem não ter a dimensão do tamanho do feito.

— Acho que não. Dimensão a gente não tem, a gente estava muito focado no trabalho, para continuar mantendo a performance mesmo tendo sofrido o gol. Primeira virada nossa no ano. Manter o equilíbrio e conseguir construir a nossa vitória. A gente sempre preza muito buscar o próximo gol, não acomodar. Também no ano passado, pra gente ter chegado na reta final olhando pra uma questão de saldo e vendo que era uma dificuldade pra nós tirar um saldo devido à pontuação. Podia chegar a pontuação, mas o saldo era muito distante. Nosso pensamento foi muito a longo prazo do campeonato, pensando no próximo gol, próximo gol. Continuar performando. Talvez daqui a um tempinho, a gente consiga olhar pra trás da maneira que você falou e ter o prazer desse grande dia, desse grande jogo — afirmou Matheus Bachi.

— A gente não imaginava e não imagina nunca fazer um processo de goleada mais ainda num clássico. Nossos últimos jogos contra o Vasco, desde que chegamos, foram difíceis. A gente trabalhou dentro dessa dificuldade. Procurar repetir o que fizemos nos últimos jogos contra adversários em Libertadores e Copa do Brasil, e no Brasileiro contra o Corinthians. Mas o jogo de hoje se colocou dessa maneira. Analisando os números, a gente teve o mesmo número de finalizações, um pouco menos no primeiro tempo, mesmo eles jogando com 11, em relação ao segundo tempo em que eles jogaram com um a menos. A gente buscou, não parou de buscar esses gols, trabalhando com essa qualidade — completou Cléber Xavier.

Matheus Bacchi também falou sobre o retorno de Gabigol, que teve um domingo intenso no Maracanã. De volta aos gramados pelo Flamengo após polêmica com a camisa do Corinthians, ele foi hostilizado pela torcida nas arquibancadas. Minutos depois, fez o sexto gol de goleada histórica por 6 a 1 sobre o Vasco e ouviu aplausos. O auxiliar falou sobre a atenção dada para o atacante neste período.

— A gente não fica observando especificamente algum atleta. Nossos olhos são sempre pro grupo. A gente procura dar atenção máxima aos atletas durante a semana, na preparação do trabalho e durante o jogo, para que quando eles entrem eles possam performar, ter o desempenho. Com gol assim, melhor ainda. (…) A gente acredita nele, no que ele pode entregar pra gente dentro de campo. Queremos ajudar ele a retomar o que o fez virar ídolo da torcida do Flamengo. Esse é o nosso trabalho do dia a dia.

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Matheus Bachi e Cleber Xavier na coletiva do Flamengo — Foto: Fred Gomes/ge.globo


Sobre a partida:

“Um jogo difícil, clássico. Início parelho. A equipe do Vasco muito bem, fez o gol cedo. A gente manteve a tranquilidade e o que trabalhou. Seguimos criando situações e conseguimos terminar o primeiro tempo com uma boa vantagem”


Clima de alívio no vestiário?

“Pra gente, o mais importante é que a gente teve, no processo passado, um calendário congestionado. A gente não conseguiu trabalhar direito, e nos últimos jogos tivemos esse tempo de recuperação, tempo de trabalho. Conseguimos esse equilíbrio. Hoje, a gente fica muito feliz, jogo difícil. Quando você sai em um clássico perdendo e mantém esse equilíbrio, faz com que as jogadas aconteçam da maneira que trabalhou, dando poucas chances ao adversário… Acho que foi o jogo em que mais criamos oportunidades. e precisão nas finalizações. Tá conjugado a isso, acredito nisso. Agora, vamos ter outra fase de trabalho, sem jogadores importantes. Dá alguns dias de folga e volta a trabalhar pensando nessa sequência sem esses jogadores. É outro momento, e a gente espera dar sequência a essa qualidade que a gente vem apresentando, mesmo sem esses jogadores importantes”


Boa fase de Arrascaeta:

” O Arrascaeta é importante, porque é o jogador pensador da equipe. Nos últimos jogos, vinha nesse crescimento para buscar esse equilíbrio, esse nível de atuação que teve hoje. Uma pena que agora, nessa sequência, está fora (Copa América). Que vá e faça um grande trabalho na seleção (do Uruguai), e na volta continue tendo esse crescimento, com atuações como ele teve hoje”

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Arrascaeta – Vasco x Flamengo — Foto: André Durão


Período sem jogos vai ser prejudicial? Como fazer para time voltar no mesmo ímpeto?

“Trabalho, trabalho, trabalho. Chegar quando a gente reapresentar e manter os pés no chão, da mesma maneira quando passamos por um momento difícil, sabíamos que era o trabalho que ia nos tirar daquela situação. Chegar na quinta-feira, reapresentar e continuar trabalhando. A gente fala pros atletas às vezes, tanto (para) os que vão começar quanto os que vão entrar: “Entra e faz o que você fez durante a semana”. Acho que o Luiz (Araújo) e o Wesley são um grande exemplo. O que treinaram essa semana… Treinaram para caramba. Às vezes você olha e fica com vontade de botar 20 jogadores em campo, só que não dá. Aí quando você põe os caras que estão trabalhando e tem uma resposta assim, é extremamente gratificante. Esse é o caminho”


Situação do Carlinhos e processo de adaptação:

O Carlinhos tá num processo de recuperação física. Ficou doente, variou, não conseguiu faxer os trabalhos. Não é nem opção técnica, é opção mais de não ter se recuperado e não estar apto 100% pro jogo. Foi mais nesse sentido. Acho que ele vem há uma semana se recuperar, sem conseguir um trabalho sequencial. É mais nesse sentido. A gente espera já que na quinta-feira, na reapresentação, ele já trabalhe com o grupo e esteja pronto, à disposição para o jogo contra o Grêmio. A aceitação foi boa, o grupo costuma receber muito bem os atletas que chegam. Ele está muito feliz. Ele trabalhou bastante, precisava de um acréscimo físico. Vai estar com a gente a partir de quinta. E foi importante, hein? No primeiro jogo que ganhamos, contra o Atlético-GO, foi muito por termos tido dois pivôs. Quando o Bruno Henrique sofre o pênalti, é porque o lateral tem que ficar cuidando do Bruno Henrique e não o zagueiro. Então ele (Carlinhos) já deu a resposta, e sabemos que vai dar durante o campeonato.


A que se deve a melhora do Flamengo durante o primeiro tempo?

“A gente reajustou alguns detalhes, e às vezes a gente não gosta de falar nesses detalhes, que são importantes. Foi aquilo que a gente trabalhou como estratégia de construção, principalmente. Vasco marcou muito bem, com as linhas bem próximas, tirando espaço, mas a gente foi achando esses espaços com os ajustes que fizemos no início. E aumentou um pouco a competitividade. O Vasco começou competindo muito forte, e o Flamengo aumentou sua competitividade. Esses dois fatores fizeram com que a gente crescesse, e ainda no primeiro tempo definisse um bom resultado.

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Gabigol comemora gol em Vasco x Flamengo — Foto: André Durão


Situação de Allan é calculada ou preocupa?

“Allan é um jogador com característica de muita agressividade, intensidade no jogo. Fez uma sequência longa, um pouco de resquício do que citei antes, de jogos num calendário congestionado que tivemos. Ele vai ser avaliado com mais tranquilidade depois. A gente espera que ele consiga se recuperar e esteja à disposição contra o Grêmio. Isso é um detalhe que o departamento médico pode falar melhor, mas nosso desejo é que a gente consiga contar com todos os jogadores. Ayrton, Léo Pereira, Carlinhos e agora o Allan, jogadores que a gente gostaria de contar já para o jogo contra o Grêmio. O Fábio fala muito, não adianta. A gente quer que ninguém machuque, mas futebol no nível que é hoje em dia, intensidade, vai acontecer. A gente vai tentar fazer que menos aconteça e lidar com isso.”


Gol de bola parada do Flamengo é jogada treinada?

“Somos todos nós, não é um ou outro responsável. Bola parada, setor defensivo, setor ofensivo. São todas questões que a gente estuda e conversa junto pra treinar. Vou dar mérito aos atletas. A gente estava precisando fazer um golzinho de escanteio, de falta. Faz tempo que não saia já. Segundo gol foi um pouquinho mais treinado, mas o terceiro é mérito deles, da observação dos espaços que tinha lá dentro. E da conversa entre eles de mudar e encontrar solução.”


16 gols feitos e um sofrido nos últimos cinco jogos. Como o momento dá um gás à equipe? É esse saldo que esperam do Flamengo?

“Nossa meta é equilibrar. Tomar poucos gols e manter uma condição de criar chances de ser mais efetivo. Nossa alegria e satisfação é porque, nos dois últimos jogos, especificamente, criamos um número muito alto de finalizações precisas. Essa é a nossa busca. A gente tem que ser efetivo. Manter uma média de 2,5 gols por jogo, podendo aumentar essa média. Mas ser mais efetivo nas finalizações.”


Expectativa por sorteio da Libertadores:

“Não comentamos nada. Terminou o jogo da Libertadores, a gente focou no jogo contra o Vasco. Agora são três dias de descanso, já deixamos algumas coisas encaminhadas para o retorno. Quando a gente voltar, na quinta-feira, a gente faz uma reunião para acertar mais detalhes desse período até o

Fonte: netfla.com.br