O tema “estádio do
” está cada vez mais próximo de sair do papel. E para o torcedor não ter dúvidas, o
ge
preparou em formato de FAQs (acrônimo da expressão inglesa “Frequently Asked Questions”, que em tradução livre significa “Respostas para Perguntas Frequentes”) tudo o que se sabe até agora e o que ainda falta saber sobre o sonho rubro-negro da casa própria.
Veja abaixo:
Por que a insistência pelo Gasômetro?
Na visão do
, o local passa fundamentalmente pela logística de acesso, o que significa ter opções de transporte público. O Maracanã é visto como exemplo porque está perto de trem e metrô e tem várias linhas de ônibus que passam pela região. E o mais perto disso que há disponível no Rio de Janeiro é o terreno do Gasômetro, que está em frente à Rodoviária Novo Rio (o que vai facilitar para quem vem de outras cidades); tem o recém inaugurado Terminal Gentileza, que conecta os serviços de BRT, VLT e ônibus circulares; uma estação de metrô (Cidade Nova) a 1,1 km de distância e ainda está cerca de 6,5 km do aeroporto Santos Dumont. Por isso, o clube nem cogitou as outras opções que estavam na mesa.
Quais eram os planos da Caixa para o terreno?
A Caixa Econômica Federal, que gerencia o fundo de investimento dono do terreno, tinha outros planos para o local: criar um novo bairro. Na parte que o
quer levantar um estádio, havia no projeto do Porto Maravilha a previsão de construir um shopping colado ao Terminal Gentileza, integrado a torres corporativas, além de uma universidade e novos prédios residenciais (segundo consta no site da prefeitura, já foram lançados 12 empreendimentos em toda a região desde 2021). Do outro da Avenida Francisco Bicalho (fora da área pretendida pelo clube), a ideia era fazer um hospital. Por acreditar na valorização de toda a área que o banco queria cerca de R$ 400 milhões, bem acima dos
R$ 240,5 milhões da avaliação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE)
.
O terreno pode ser desapropriado mesmo?
Esta opção surgiu diante do impasse financeiro entre
(que oferece R$ 250 milhões) e Caixa e
foi levantada pelo prefeito Eduardo Paes esta semana
. O político, que está pressionando para abaixar a pedida, disse nas redes sociais que já perdoou uma dívida de R$ 4 bilhões do banco e que transfere o Certificado de Potencial Adicional de Construção (Cepac) para o fundo usar em outra região. A desapropriação de terreno privado por parte do Poder Executivo está prevista na Constituição. Há uma série de requisitos legais para tal, mas resumidamente a medida é possível desde que haja interesse público, que no caso do estádio poderia ser enquadrado no benefício da região como um todo. A diretoria rubro-negra acredita que não será preciso chegar a esse ponto. Lembrando que, mesmo em caso de desapropriação, o clube também teria que pagar pelo terreno.
O potencial construtivo da Gávea pode ser usado para reduzir o valor?
Em tese pode, mas não é simples. A Transferência do Direito de Construir (TDC) é o instrumento urbanístico que confere ao proprietário de um lote a possibilidade de utilizar seu potencial construtivo em outro lote, vendê-lo a outro proprietário ou doá-lo ao poder público. Nas contas do
, a Gávea tem 170 mil metros quadrados de potencial construtivo não utilizado que podem ser vendidos ou usado como moeda de troca para serem explorados em outras áreas da cidade. Porém, trata-se de um processo burocrático e longo na Câmara dos Vereadores do Rio. O Vasco, por exemplo, tenta usar do mesmo artifício para reformar São Januário, desde o ano passado.
Qual será o próximo passo após a compra?
Se conseguir comprar o terreno, o
terá que limpar a área e correr atrás das licenças necessárias para começar a obra, como por exemplo junto à Prefeitura e ao Corpo de Bombeiros. Além disso, terá que definir a questão financeira do investimento que será usado na construção.
O presidente Rodolfo Landim já declarou que “o estádio sai com ou sem SAF”
. O dirigente é favorável ao modelo do Bayern de Munique, da Alemanha, que vendeu 25% do clube (mantendo o controle da instituição) e levantou recursos para construir a sua arena. Caso esse formato não seja aprovado no Conselho Deliberativo, o Rubro-Negro terá que usar recursos próprios, o que diminuiria o investimento para outras áreas, como por exemplo o futebol.
Qual o valor total do estádio?
O
estima fazer um investimento total entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões, já incluindo o montante que será necessário para comprar o terreno. A Caixa ainda não deu um retorno do preço após a pressão do prefeito para diminuir a pedida e também
incluindo o terreno anexo de 17 mil metros quadrados que o clube almeja
.
A capacidade pode aumentar com o terreno anexo?
Não. O terreno anexo de 17 mil metros quadrados fica do outro lado da Avenida Pedro II e não pode ser usado para o estádio em si. A ideia do
é construir nesse espaço um estacionamento para os rubro-negros que forem aos jogos de carro. Como a área máxima é de 87 mil metros quadrados, a capacidade da arena não tem como ir além dos
80 mil planejados pela diretoria
. Com mais lugares do que o Maracanã, a nova casa teria ainda um setor popular na arquibancada.
Qual o tempo previsto para duração das obras?
A conta do
é de cinco anos ao todo, incluindo o tempo para tirar as licenças necessárias e os prazos de construção e de estruturação do entorno.
Como será visualmente o estádio?
Apesar de ter como exemplo o modelo do Bayern de Munique na Allianz Arena, esteticamente o estádio que serve de inspiração para o
é o Santiago Bernabéu, do Real Madrid. Com menos espaço físico do que no Maracanã, a diretoria rubro-negra aposta numa construção mais vertical.
Sim.
Flamengo e Fluminense estão prestes a ser anunciados como ganhadores da licitação para administrar o Maracanã pelos próximos 20 anos
. Como o futuro estádio rubro-negro, se tudo der certo, levará cerca de cinco anos para ficar pronto (contando a partir da compra do terreno), o clube seguirá usando normalmente o Maracanã. E depois que tiver sua casa própria, a tendência é que nos demais anos da concessão o estádio do Governo receba mais shows e partidas de outros times e da Seleção.
Fonte: netfla.com.br