A classificação do
para a próxima fase da Libertadores, com a vitória sobre o Millonarios nesta terça, tirou um peso importante da costas de Tite. A partir de agora, o desafio do treinador será provocar a evolução de sua equipe e deixar para trás o desempenho irregular da fase de grupos.
– É um calendário apertado e tem uma série de jogos que eles tiveram com detalhes importantes. A responsabilidade é que poderíamos ter classificado em primeiro, mas tem toda uma circunstância em torno disso – afirmou o treinador.
Com a vitória sobre os colombianos, o Rubro-Negro chegou a 10 pontos e ficou na segunda colocação do Grupo E, atrás do Bolívar, que somou 13. O adversário das oitavas de final será definido em sorteio.
Desta vez, o
se impôs sobre o Millonarios, fez 3 a 0, e poderia ter saído com um placar ainda maior devido às chances construídas.
– O desempenho do jogo, tua pergunta sintetizou, (teve) supremacia, da posse, do número de finalizações, marcação agressiva leal, antecipações. Uma consistência num 2, 3 de construção e finalização. O adversário tentou fechar a defesa e ainda assim conseguimos colocar o volume. Com participações estratégicas efetivas importantes, como foi o Allan. Sabíamos que ele ia articular. A iniciação de fazer essa fluidez maior e teve essa consistência na vitória – afirmou Tite.
Por ter terminado a fase de grupos em segundo lugar de sua chave, o
terá de fazer o jogo da volta fora de casa. Como visitante, a equipe não venceu uma partida sequer nesta edição do torneio.
– Nós tivemos uma sequência de nove jogos acumulados e de dois, três dias com jogos, não teve? Então se ficar falando assim, parece que é a justificativa para uma situação que a gente não quer. Há uma desvantagem, sim. Nós queríamos decidir na nossa casa, nós queríamos ser o primeiro. Agora, a equipe tem suficientemente qualidade, capacidade técnica e mental para decidir dentro ou fora de casa.
O próximo domingo é dia de clássico. O
volta a campo para enfrentar o Vasco pelo Brasileirão. Uma vitória pode colocar o Rubro-Negro na liderança.
Diferença em relação aos jogos fora do Rio
– Ela (equipe do Millonarios) não quer jogo, mas quer contra-atacar, e nós criamos. Um psicólogo pode falar isso melhor, e todas as equipes quando jogam em casa, perto do torcedor, elas têm um índice de aproveitamento, de performance melhor. É uma coisa pra psicologia explicar, mas é um aspecto de confiança e do carinho que o torcedor tem. É um componente. Então, daquela situação (jogo na Colômbia, com altitude) para essa…Havia umidade, eu suava sentado, então não dá para contextualizar. Um gramado que aqui flui. Lá (a grama) tranca a jogada de velocidade, quando a bola chega nos meias vem pipocando. Você recebe uma bola de costas, e ela vem viva. Você trabalha em dois, três tempos, tira a velocidade do jogo. Então há uma série de aspectos.
– Às vezes, a gente pontua isso e muitas pessoas acham que é desculpa, mas não. É complicado jogar num gramado diferente, calor, enfim, linha baixa. E aqui é diferente. O carinho da torcida empurra a gente, é como ele falou, vai ficar repetitivo aqui.
Recuperação de Allan
– É um conjunto da obra, não é uma coisa isolada. Se ele não tivesse a grandeza moral de a gente mostrar para ele, eu, o preparador físico. A gente dizia assim: “ó, a gente quer esse Allan, o Allan de hoje não é o Allan que conhecemos”. Nós temos que recuperar. Sermos francos, sinceros e dizer do jeito que nós falamos. Se não tiver a grandeza, não flui. É aquela situação atrás dos panos, que às vezes os caras pensam que ser técnico ou ter uma comissão técnica é escalar e treinar. Ela tem uma série de fatores, a gente quer a excelência. E trouxe para ele, a gente quer esse Allan. O Allan do Atlético-MG que fazia essa recuperação, que tinha essa marcação… Aí ele olhou e se emocionou. Humanamente ele se emocionou. Mas ele teve a hombridade. Dissemos assim: “ó, nós vamos te tirar 15 dias, vamos fazer um trabalho específico”. Porque é performance, porque é a exigência do
. Tem essa exigência, nós temos. O técnico cobra, nós todos, mas foi a consciência que ele teve também.
Tática da equipe
– Tem duas formas. Ela (a equipe) pode jogar com dois velocistas do lado ou pode jogar com um jogador de articulação. O momento é de um jogador de articulação. O momento é Gerson do lado e fazer essa composição no quarteto de meio de campo que te dá muita posse. Eu não quero usar um termo de boxe, mas ele fica
“jabeando”
o adversário. Inverte o lado e posse, aí o adversário corre para para o lado e aí incha a perna, vai para o outro. E aí trabalha curto e vai estar criando oportunidades. Então é esse o momento dessa equipe.
David Luiz e apelo para a torcida
– Ele é um grande atleta. Eu já falei isso outras vezes, não estou sendo oportunista. E jogou muito. A única coisa, talvez, que eu peço é que em momentos decisivos a gente vai errar. Vai ter circunstância que a gente vai errar porque o atleta é um ser humano. Não só o David, mas vai acontecer do Varela errar um cruzamento do Varela, do Allan errar uma finalização de média distância, de errar um passe. Do técnico errar daqui a pouco, que ele pense que uma substituição seja melhor que a outra. Passe um carinho para os atletas, sabe? O
está acima de nós, o
está acima dos nossos nomes, e se esse carinho vier do torcedor e não reclamar às vezes essa situação, ele deixa o atleta energizado, ele deixa o atleta mais confiante, ele deixa o atleta mais mobilizado. Eu estou olhando para o César Sampaio porque o César Sampaio sentiu isso, e a gente sente. Então quando há esses momentos de adversidade e tiver essa força que o torcedor tem, aquele torcedor consciente, ele apoia, ele incentiva. O atleta vai passar, mas é o manto sagrado que está ali. Apoia, incentiva, vai fazer diferença. Hoje foram 64 mil e não sei quantos que eu vi (no placar) de público. Faz diferença quando tiver esse tipo de comportamento.
Tite sobre o pote 2 ter equipes grandes
– Eu vou acompanhar agora. São todas, são todas grandes, grandes marcas, grandes… Qualidade, história, peso da camiseta.
Fonte: netfla.com.br