Após a reunião com representantes do
e da prefeitura do Rio, a
Caixa Econômica Federal
afirmou que “tem interesse em desenvolver” a região em que o clube quer construir seu estádio. O banco confirmou o encontro nesta segunda-feira, mas disse que não comenta “eventuais negociações em andamento”.
A Caixa é dona, por meio da gestão do Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, do terreno na região do antigo Gasômetro que o rubro-negro quer comprar para concretizar o sonho de um estádio próprio. Mas as negociações estavam emperradas devido à diferença de valores entre em que o Flamengo quer pagar (até R$ 250 milhões) e o que o banco entende que o terreno vale.
“A Caixa, enquanto gestor do Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento de empreendimentos que explorem o potencial construtivo da região do Porto Maravilha, o que inclui também a venda dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) e seus imóveis. Os ativos do fundo estão disponíveis para negociação e o banco dialoga com o mercado, atuando no melhor interesse do cotista e buscando rentabilizar o investimento. A Caixanão comenta sobre eventuais negociações em andamento”, disse o banco em nota enviada ao GLOBO.
Os CEPAC são títulos emitidos pela Prefeitura do Rio que permitem aos adquirentes construir acima dos limites estabelecidos pelo plano diretor na área da Operação Urbana Consorciada (OUC). Nesse contexto, o Fundo Porto Maravilha adquiriu terrenos localizados na região portuária do Rio de Janeiro.
Como mostrou O GLOBO, após a reunião nesta segunda, a cúpula do rubro-negro ficou mais otimista com a possibilidade de o negócio avançar. O argumento que teria sido usado é que o estádio do Flamengo tende a valorizar a região, beneficiando o preço de venda dos demais terrenos detidos pela Caixa.
Mais cedo, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou, na rede social X, que a prefeitura já prometeu transferir os Certificados de Potencial Adicional de Construção (CEPAC) e que perdoou uma dívida de R$ 4 bilhões para “ajudar a operação” da Caixa.
“Como fizemos com o meu Vascão, estamos dispostos também a transferir potencial construtivo para o Flamengo. Estamos falando de um patrimônio do Rio e do Brasil (por mais que isso me irrite como vascaíno) e que absurdamente não dispõe de estádio próprio. Não bastasse isso, o empreendimento proposto, valoriza a região. Assim como São Januário renovado! É muito tempo de conversa (desde o governo Bolsonaro) para uma venda sem qualquer favor”, disse Paes.
Fonte: netfla.com.br