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No quadro “Resenha do Jogo”, da Fla TV, Gerson fez uma revelação sobre a cirurgia que o tirou dos jogos por dois meses. Destaque absoluto na goleada por 4 a 0 sobre o Bolívar, o camisa 8 afirmou que o problema renal apresentado em março por pouco não o impediu de seguir no futebol.

– Afeta psicologicamente. Estava bem num dia, do nada passei mal, fui para o hospital, me internei duas ou três vezes. Passei a dar mais valor à vida. Ficava no telefone quase 24h. A gente não é médico, não tem essa ciência, mas até o último dia que fui ao hospital tirar o cateter… Agradeço a todos os médicos, doutor Marcelo (Soares), (Márcio) Tannure e agradeço em especial ao Bassan (Fernando). Foi uma parada que me surpreendeu. Quando tirei o cateter indo para casa, o Bassan se emocionou e meio que chorou, e eu perguntei: “Por quê?”.

– Ele me falou: “Muitas pessoas estavam achando que seria simples sua cirurgia, e eu estava com medo de dar a notícia que você não ia poder jogar mais futebol”. Porque talvez eu teria que tirar o rim porque estava numa situação grave, só que eu não sabia. Agradeço a Deus por mais essa oportunidade de me deixar fazer o que mais gosto na vida – afirmou o Coringa.

Gerson comemora contra marcado no Bolívar — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Gerson fez seu primeiro gol no ano e brincou com a situação. Além disso, destacou o fato de ter marcado após superar um problema de saúde tão grave.

– Estava na hora de fazer um golzinho (risos), mas o principal é ajudar a equipe. Passei um momento difícil, mas sempre me coloquei à disposição para ajudar o mais rapidamente possível. Cada vez melhor, diria que quase 100% já. A gente como jogador pensa em se machucar no trabalho. Pode acontecer uma lesão do trabalho, mas acabei tendo um problema de saúde em que não tinha muito o que fazer porque já nasci assim.

No vídeo de bastidores da Fla TV, o clube divulgou Gerson falando firme com o grupo antes da goleada por 4 a 0 sobre o Bolívar:

– No jogo do final de semana (contra o Corinthians), fomos o
Flamengo. É assim que o
Flamengo joga, fora e dentro de casa. O jogo lá foi f… Quem ainda estava lá sabe que foi difícil para c… Quem estava lá sabe ainda mais. Aqui não tem altitude. Vamos entrar para matar os caras. Leal, claro, mas com atitude pra c… Quem comanda o jogo somos nós. São 100 minutos de jogo, 100 minutos na alta intensidade. Tem oportunidade de matar os caras? Mata os caras. Mata os caras porque lá eles fizeram gente sofrer. Hoje vai ser o contrário, a gente vai fazer eles sangrarem.

Perguntado sobre a responsabilidade de usar a faixa de capitão e de exercer essa liderança a ponto de ser um dos responsáveis pelos discursos antes das partidas, o Coringa disse ter uma representante grande tanto dentro de campo quanto fora dele.

– Um amigo meu que considero como irmão me perguntou: “Você joga no teu time do coração e é o capitão. Você tem noção, cara?”. Fiquei pensando, e às vezes você não tem dimensão do tamanho que é. É um privilégio. Jogo no meu país, realizei meu sonho de menino de jogar no meu clube de coração e agora tenho a oportunidade de vestir a braçadeira que muitos outros jogadores usaram. É uma responsabilidade grande, mas prazerosa. Você sabe que quando bota uma braçadeira de capitão você tem a imagem do clube a zelar. Tem que pensar muito no que fazer, seja dentro ou fora de campo.


Época em que ficou em casa

– Virei 100% torcedor. Tirei um pouco da parte de atleta e virei mais torcedor, indo direto para os jogos. Quando estou suspenso, já fico vendo o jogo e não dá, mano. O cara fica agoniado. Graças a Deus, agora estou em campo e com meus companheiros no dia a dia. Jogador de futebol tem duas famílias, a família de casa e do clube, que muitas das vezes estamos mais com eles. Tem a parte ruim de estar na cama de hospital, mas tem o lado dos companheiros mandando mensagem e querendo te visitar. É bom ver que seus companheiros querem o teu bem.


Capitães que inspiram

– Na minha vida nunca almejei ser capitão, sempre quis fazer o melhor para o time. Um cara com quem eu falava muito é o Diego Ribas, que em 2019 já ele falava que eu tinha um papel de liderança. Ele falava para eu seguir meu caminho e com meu jeito para as coisas acontecerem naturalmente. Levo isso na minha vida, mostro para a minha filha, e continuo sendo quem eu sou. Se você sabe quem é, sabe onde quer chegar. Usei a braçadeira uma vez, outra vez, e é uma coisa que vou levar para o resto da minha vida.

– Meu filho (risos)? Craque, está louco. Eu tenho minha opinião: no meu modo de ver, eu acho craque. Diferenciado, moleque bom, escuta. Eu subi numa forma difícil, os caras eram mais cascudos, e a coisa era mais sinistra. Além de uma foto que saímos eu e ele, ele falou que tem mais uma foto. Ele vinha aqui e queria tirar foto só comigo. Moleque extraordinário, coração gigante, moleque puro. Vem da mesma essência do que eu, que é uma coisa que ajuda muito a gente.

– Tem muito a dar para o
Flamengo. E sinto muito informar, rapaziada, mas já já o moleque vai seguir a vida. Todo o elenco acha isso. Teve a entrevista que o Cebola falou “você não viram nada”. Moleque tem 17 anos. Não basta ser muito inteligente. Tem personalidade, vai para cima e pede a bola.

Lorran e Gerson comemoram após gol do jovem no Flamengo x Corinthians — Foto: Pedro Martins


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Flamengo
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Fonte: netfla.com.br