
Filipe Luís rebate críticas à falta de efetividade do ataque do Flamengo: “Eu não chuto a gol”

O Flamengo venceu o Botafogo-PB por 4 a 2 e garantiu a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil. Apesar do bom resultado e de ser o melhor ataque do país, a parte ofensiva do Rubro-Negro vem sofrendo com críticas. Na última partida, o time teve o sexto 0 a 0 da temporada. O técnico Filipe Luís rebateu os comentários sobre a falta de efetividade.
— A crítica ao meu trabalho sobre a falta de efetividade: eu não chuto no gol. Já chutei, mas não fazia gol também. Eu acredito que não fizemos gol contra o Botafogo porque existe uma qualidade defensiva no time deles. Um time que bloqueou os chutes e não deixou chegar com muita facilidade, que os atacantes se sacrificaram defendendo, fechando os volantes, os espaços, não deixando chegar. O adversário também joga. O Juventude, o Corinthians e o Botafogo-PB nos deram certa facilidade, alguns espaços que aproveitamos e fizemos os gols. O jogo fluiu com mais naturalidade e mais facilidade depois do primeiro gol. Mas o nível do adversário fala muito — afirmou.
— O adversário não só tem qualidade com a bola, tem qualidade defensiva. O jogador que tem qualidade na hora de defender não te deixa chutar, te induz, ele você para onde você não se sente confortável e, claro, fazer gols nesse times é mais difícil. Tem vários times europeus que são mais sólidos nesta fase defensiva e aqui no Brasil também temos alguns. Ainda mais se te pegam em um dia que você não está inspirado, não tem todas os jogadores que são determinantes no campo e o time acaba não fazendo gols, é do futebol. Única coisa que podemos fazer é continuar dando as soluções, os espaços, levando os jogadores até a área. Depois, que eles possam encontrar essas soluções e finalizar cada vez melhor, porque treinamos para isso — completou.
A partida ficou marcada pela utilização de um time misto e com chance para diversos garotos da base, inclusive com o retorno de Lorran e a estreia de João Alves. Após o duelo, o técnico Filipe Luís falou sobre a importância de ter os jovens nos jogos.
— A base é sempre importante. Conheço praticamente todos esses meninos, foram meus jogadores no sub-17 e sub-20. Consegui dar minutos a alguns deles para se ambientarem com o que é o profissional, ficar perto dos jogadores. Principalmente porque temos, sempre que puder, oportunizar a base. Sabemos que é importantíssimo porque é como se tivéssemos contratado jogadores novos. Tê-los rendendo é sempre importante para nós — disse o treinador.
O treinador avaliou a classificação do Flamengo com vitória nos dois jogos. Na ida, em São Luís, Joshua garantiu o 1 a 0 com gol nos últimos minutos. O treinador acredita ter sido uma boa partida do Rubro-Negro.
— Todo jogo deixa alguns detalhes. No primeiro, no Maranhão, foi um jogo muito difícil, campo muito alto e o time se comportou de forma sólida nos 90 minutos. Hoje, durante o jogo, a gente viu um time com muita intensidade, troca de passe e velocidade na circulação de bola. Causamos muitas dificuldades. Foi um jogo bom por vários aspectos táticos. Os jogadores se encontraram. No final, quem joga e quem decide são os jogadores. Eu dou o caminho e eles resolvem. Eles encontraram e também nos dão pistas do que podemos sofrer. Esse time nunca tinha jogado junto, então precisamos nos preparar nos aspectos que podemos melhorar — afirmou.
Filipe Luís em Flamengo x Botafogo-PB — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
O Flamengo agora aguarda o sorteio para saber quem será o adversário da próxima fase da Copa do Brasil. No domingo, a equipe volta a atenção para o Brasileirão e enfrenta o Palmeiras no domingo, às 16h, no Allianz Parque.
— Jogo muito importante. Grande rival. Um dos maiores elencos do Brasil também. Temos um respeito muito grande um pelo outro. Clássico moderno do futebol brasileiro. Esperamos ver um grande futebol. Tem muita coisa em jogo, no final são 3 pontos. Sem nenhuma dúvida, o Flamengo vai para ganhar e esperamos fazer um grande jogo. Só consigo ver o Palmeiras, não consigo ver o Mundial. Esse é o nosso próximo foco.
Palmeiras
— Temos quatro dias para recuperar até o próximo jogo. É um tempo bom para que todos os jogadores que atuaram hoje possam se recuperar. Não sei ainda, a partir de amanhã vou começar a estudar o Palmeiras, decidir o plano de jogo e quem vai começar. Sei que os dois estão prontos (Arrascaeta e Pedro) se eu precisar. O Arrasca não tinha condições no domingo e hoje sim para continuar se condicionando. Teve 20, 25 minutos para poder não se descondicionar e chegar em forma no domingo. São jogadores que, principalmente o Pedro, que veio de lesão extensa, estão cada vez mais pegando ritmo e entrando em forma para ajudar os companheiros. Assim que eu decidir vejo quem vai começar o jogo.
Adaptação de Juninho
— Vejo que os jogadores falam no campo. O Juninho já teve momentos bons, fez gol na final do Carioca. Entrou e foi importante em alguns jogos e para mim é isso. O jogador que joga cinco às vezes é mais importante do joga oitenta e cinco porque ele entra e é capaz de fazer um gol e entrar para a história nos últimos minutos. Então não está na quantidade, mas na qualidade dos motivos. O Juninho está no período de adaptação, não está no seu melhor momento, mas estamos aqui para trabalhar e dar apoio para que ele possa ser o Juninho que a gente espera dele. Enquanto isso, continuar trabalhando e as oportunidades chegarão. Que assim ele fale e no campo e vai ter cada vez mais minutos.
Oportunidade para jogadores e testes em novas funções
— Sempre coloco aquilo que eu acho que tenho de melhor para vencer o jogo. Na última partida não pude contar com alguns jogadores, seja por lesão ou indicação do departamento médico. Outros jogadores não tiveram condição de terminar, caso do Bruno Henrique contra o Botafogo. Eu já falei uma vez, não gosto de poupar, não é do meu perfil. Só que às vezes é inevitável que aconteçam essas lesões, esses jogadores que não conseguem estar prontos para performar durante o jogo. Hoje, dentro do que eu tinha disponível, escolhi o que tinha de melhor. Não subestimo nenhum adversário, acredito que todos são difíceis. Contra o Central Córdoba, por exemplo, que vocês disseram que era muito fraco, demonstrou para gente e ganhou aqui dentro. Meu primeiro ponto era tentar fazer o resultado e depois, se desse, oportunizar. Acho que a equipe fez um grande primeiro tempo, controlamos o jogo, fizemos boas jogadas e os gols, jogadores se reencontraram com os gols. Depois, conforme foram passando os minutos, o adversário tinha uma arma importante os contra ataques, o ataque aos espaços e acabam fazendo os gols. Acho que foi um jogo muito bom para dar oportunidade para esse jogadores que vem jogando menos e que possam ganhar minutos e confiança.
Lorran
— Falei do Lorran em duas perguntas na última coletiva e antes do último jogo. É o que falo sempre: falem no campo. Não importa se tem 16, 17, 36 ou 37, quem estiver melhor terá minutos. O Lorran está muito bem no sub-20, hoje teve minutos e foi bem. Gostei dele no jogo. Tem de continuar jogando bem. Não pode relaxar. Se relaxar um treino, um jogo eu estou vendo tudo. Os jogadores falam no campo e quem é mais regular e joga melhor, mais minutos vai ter. Quem não está tão bem não terá tantos minutos, simples assim.
Recordes individuais dos jogadores
— Lesões, por exemplo, Nico e Plata foram lesões de joelho, trauma ou mesmo articulares. Lesões mesmo lesões foram a do Erick e a do Allan. O resto, no muscular, estamos tendo sorte. Tem jogadores que merecem um cuidado especial como o Cebola, o Pedro, o Arrasca, que vieram de lesões pós-operatório. Temos a instrução de que controle em determinados momentos. Os números que você (repórter) falou me mostra o que eles podem dar fisicamente. Mas não são os números que eu gosto. Porque se eles correram tanto, o jogo não foi tão bom. No tempo do jogo contra o Botafogo, teve muita ida e volta. Esses números aparecem. Quando um time vence e controla, esses números não são atingidos. Muitas vezes a gente fala, falta intensidade ao time e é o contrário. O time está correndo mais do que deve, mas de uma forma errada. Os números tem que sempre contextualizar. O Luiz (Araújo) é um animal. Realmente, fisicamente é diferenciado. Tem outros como o Bruno, Plata, Wesley, que batem metas extraordinária, com nível europeu. Por isso são jogadores que aguentam esse tipo de jogo tão intenso, com tanto ritmo por 90 minutos. São jogadores nível Flamengo. Tem um pouco mais de ida e volta e ao mesmo tempo levam um desgaste grande.
Pedro ou Bruno Henrique contra o Palmeiras
— Primeiro que eu não diria aqui, mas eu quando eu sento e analiso e estudo o adversário eu escolho o que eu acredito que é o melhor para a equipe, para o Flamengo, não penso no que é melhor para Pedir, para o Gerson, Arrascaeta ou Bruno. Penso no que é melhor para equipe, do que ela precisa para vencer o jogo e partir daí, como eu digo para vocês, eu tomo as minhas decisões, durmo muito tranquilo, colocando a equipe acima de tudo.
Varela
— O Varela é um jogador muito sólido. Na fase defensiva domina como ninguém e no ataque cria jogadas e não perde a bola. São características diferentes, o Wesley sabe atacar muito mais espaços do que ele. Ele também sabe, mas o Wesley tem mais o perfil físico. O Varela tem um perfil mais associativo com os companheiros, é um cara que treina sempre bem. Quando joga ou não. É importantíssimo para o grupo, é um dos caras mais líderes e falando menos. Todo mundo se espelha nele porque é um líder com atitude e muito importante para mim. Desses jogadores que todo treinador gosta de ter no elenco e não à toa tem tanta historia na carreira.
Falhas na defesa
— Foi um bom jogo. O Botafogo-PB tem um time bem trabalhado, uma linha muito bem organizada. Principalmente dos meio-campistas. Não davam espaço para gente infiltrar passes. Tentamos infiltrar muitos passes e acabou amarrando. O jogo estava um pouco mais por fora. Como foi o gol do Pedro, começou numa jogada por fora e circulamos. Com o resultado, 2×0, senti que começamos a perder duelos individuais, tanto ofensivos quanto defensivos. Esses duelos não eram nível de quando estava 0x0. Não digo que é normal, mas pode se entender pelo resultado do primeiro jogo e pelo resultado que estava acontecendo. Nem um time do mundo, se você deixa jogar não vai jogar. Eles jogam, sabem jogar, sabem machucar e chegar até o teu gol. Não digo que relaxamos mas não era a mesma intensidade dos duelos (anteriores). O Botafogo chegou e conseguiu fazer o gol.
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Fonte: netfla.com.br