O Flamengo atravessa um momento delicado na temporada, especialmente quando o assunto é a defesa contra bolas aéreas. O time de Tite acumula uma série negativa de três jogos sem vitória, com duas derrotas e um empate, e foi vazado por jogadas aéreas em todas essas partidas. Nos últimos 10 dias, o Rubro-Negro viu Calleri, do São Paulo, e os palmeirenses Vitor Reis e Luighi balançarem suas redes, expondo uma fragilidade preocupante nesse tipo de lance.
Embora uma dessas derrotas tenha ocorrido na Copa do Brasil — um revés por 1 a 0 para o Palmeiras —, os números do Flamengo no Campeonato Brasileiro são ainda mais alarmantes. A equipe é a quarta mais vazada em bolas aéreas na competição, superando apenas Vasco, Atlético-GO e Vitória, clubes que ocupam a parte inferior da tabela. Esses dados, levantados por Guilherme Marçal, do Espião Estatístico do ge, evidenciam um problema que pode comprometer as pretensões do Flamengo na temporada.
Questionado sobre a vulnerabilidade de sua equipe nesse tipo de jogada, Tite minimizou, afirmando que o Flamengo está “na média” em termos de gols sofridos em bolas paradas. No entanto, ao analisar especificamente os gols decorrentes de bolas aéreas, os números mostram uma realidade bem diferente: o Flamengo tem sofrido de forma recorrente com esse tipo de jogada. Nos últimos seis jogos pelo Brasileirão, o Rubro-Negro só não sofreu gols em bolas aéreas na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-GO. Partidas contra Fortaleza, Criciúma, Vitória, São Paulo e Palmeiras evidenciaram essa fragilidade.
Além da deficiência defensiva, o desempenho ofensivo do Flamengo nas bolas aéreas também deixa a desejar. Mesmo sendo um dos candidatos ao título, o time tem apenas o 11º melhor desempenho em gols marcados através de cruzamentos na área, uma estatística que pouco condiz com as expectativas em torno da equipe.
O próximo desafio do Flamengo será contra o Bolívar, na quinta-feira. A boa notícia para o Rubro-Negro é que o adversário não conta mais com o brasileiro Chico da Costa, que foi vendido ao Cerro Porteño. No primeiro semestre de 2024, Chico foi responsável por seis dos 14 gols do Bolívar em bolas aéreas, todos de cabeça.
Fonte: netfla.com.br