A torcida do Flamengo perdeu um de seus maiores ídolos nesta segunda-feira. Adílio, que se eternizou com a camisa 8 rubro-negra, não resistiu a um câncer no pâncreas, condição que teve piora nos últimos meses, e faleceu aos 68 anos. O ex meio-campista marcou seu nome na história do clube, em sua era mais vitoriosa. Não à toa, ele é o terceiro jogador que mais vestiu o manto na história, com 617 partidas.
Junto com Andrade e Zico no meio, Adílio era o ponto de equilíbrio do setor que está na memória eterna dos rubro-negros. O camisa 10 da época, além de Júnior, são os únicos que atuaram mais pelo Flamengo que Adílio, em toda a história do clube — até o momento.
Apesar de ser um segundo homem de meio de campo, Adílio tinha o costume de pisar muito na área ofensiva e era eficiente à frente do gol. Pelo Flamengo, ele marcou 128 gols com a camisa do clube. Alguns deles decisivos, como nos títulos do Mundial de 1981 e do Brasileirão de 1983. O ex-camisa 8 também tinha o costume de servir seus companheiros e contabilizou 66 assistências pelo rubro-negro.
Adílio era um meia clássico, de técnica apurada. Atuava centralizado ou caindo pela direita do campo. Na infância, jogava futebol com os colegas da Cruzada São Sebastião, comunidade da Zona Sul do Rio de Janeiro. Um dos amigos de infância, Julinho, que mais tarde viraria Júlio César Uri Geller, o acompanhou por quase toda a trajetória na base do rubro-negro. Entre o início da trajetória no Flamengo, jogava peladas na praia.
A ligação do ex-meia com o Flamengo vai muito além do campo. Eleito sétimo maior ídolo da história do clube pelo GLOBO, Adílio ainda foi técnico de categorias de base no rubro-negro e chegou a trabalhar no time profissional em curtos momentos. Antes, treinou o CFZ, clube de Zico, e o Bahrain, da Arábia Saudita.
Fonte: netfla.com.br