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O Flamengo avalia a ideia de, em breve, ter atletas também no surfe e no skate, modalidades que expandiram a abrangência ao se tornarem esportes olímpicos e onde os brasileiros figuram entre as grandes referências mundiais. Há conversas internas em torno do tema e nomes como Italo Ferreira, no surfe, e Rayssa Leal, no skate, já foram citados. Nos Jogos de Paris, o clube está representado por 12 atletas que competem em cinco modalidades.

As três medalhas de Rebeca Andrade na ginástica (duas de prata e uma de bronze), somadas às performances de Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira, Jade Barbosa e também da judoca Rafaela Silva, todas medalhistas de bronze na prova por equipes, têm alimentado à autoestima dos torcedores que ainda esperam pela medalha de Isaquias Queiroz na canoagem. E cai como luva no projeto de marketing do clube.

Associar a marca do clube à excelência dos atletas olímpicos é mais uma forma de expandir os horizontes na audaciosa missão de internacionalização. No caso de Rebeca Andrade, por exemplo, decantada pelos americanos essa semana como a sucessora do fenômeno Simone Biles, traz ganhos indiretos à instituição. E reforça a intenção da renovação de contrato com a ginasta no final do ano, acordo que não deverá ser dos mais difíceis.

Em 2021, após a conquista da medalha de ouro nos Jogos de Tóquio, o Flamengo aceitou as pretensões da representante de Rebeca: R$ 20 mil mensais e os percentuais nos direitos de imagem. Dois anos depois, a atleta conquistou cinco medalhas no Mundial de Ginástica Artística na Bélgica (ouro, três de prata e bronze), consolidou-se como a maior brasileira da história da modalidade e fechou contratos espetaculares de patrocínio.

Hoje, com mais de seis milhões de seguidores em suas redes sociais, Rebeca empresta sua imagem para cerca de 20 marcas. Números que deverão aumentar ao final dos Jogos de Paris, tanto pelo desempenho individual da ginasta quanto pela associação de sua imagem a do Flamengo, que tem mais de 50 milhões de seguidores nas redes. Enlace que rende frutos para as duas partes e fomenta o desenvolvimento da ginástica olímpica brasileira.

Daí a discussão interna sobre a importância de o clube rubro-negro estar ao lado de outros ícones do esporte.

Fonte: netfla.com.br