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Às vésperas das eleições presidenciais, a conjuntura política do Flamengo segue movimentada. No sábado (12), o Mengão divulgou um comunicado oficial referente ao vazamento de notificação enviada a Landim sobre a utilização de gastos não programados no orçamento da próxima temporada.

Na sexta-feira (11), todos os líderes dos Poderes do Flamengo notificaram de forma oficial Rodolfo Landim por questões orçamentárias. Isso ocorreu porque o atual presidente do Flamengo teria assumido compromissos fora do prazo de 180 dias antes do término do mandato, previsto para o final de 2024. Além disso, de acordo com o comunicado, o dirigente do Mengão descumpriu os valores estabelecidos no orçamento para o próximo ano.

O Conselho Diretivo do Clube de Regatas do Flamengo vem a público, diante da reportagem veiculada em 11.10.2024 pelo jornalista Venê Casagrande, sobre um Ofício coletivo encaminhado pelos demais Poderes do Clube ao Presidente deste Conselho Diretor, esclarecer o que segue.

Inicialmente, é lamentável que um documento interno e restrito aos presidentes de poder tenha sido divulgado para a imprensa com claro viés eleitoreiro. Atitudes desse tipo não constituem apenas um ataque político ao Presidente do Flamengo, mas também uma agressão institucional ao próprio clube.

A intenção política-eleitoral do Ofício se torna ainda mais grave ao constatar que o mencionado documento foi assinado por um candidato à presidência do Conselho Diretor, em particular, o atual Presidente do Conselho de Administração, Sr. Luiz Eduardo Baptista, que utiliza o cargo com propósitos exclusivamente eleitorais, não reunindo credibilidade para levantar qualquer questão.

No referido Ofício, os signatários afirmam que “têm conhecimento, por meio dos mais diversos veículos de comunicação”, que o Presidente do Conselho Diretivo estaria “realizando despesas ou planejando fazê-las, inclusive nas áreas de patrimônio e futebol, que podem infringir as normas orçamentárias e de responsabilidade fiscal”, revelando, ainda, a falta de embasamento para as acusações e insinuações que estão sendo feitas, especialmente ao mencionar que esses fatos foram conhecidos através da mídia, sem sequer especificar quais seriam esses eventos ou gastos supostamente irregulares.

A gestão conduzida pelo Presidente Rodolfo Landim sempre seguiu os princípios de responsabilidade orçamentária e fiscal, todas as contas foram auditadas externamente e nunca houve descumprimento das regras estatutárias, em especial as mencionadas no citado Ofício, que, reitera-se, foi indevidamente levado ao conhecimento público.

O Ofício em questão chega ao ponto de questionar a assinatura de contratos de “prestação de serviços de futebol”, o que, em última análise, resultaria em impedir o Flamengo de participar da “janela de meio de ano”, algo que nunca aconteceu e nem foi questionado por outros Poderes na história do Clube, o que reforça a impressão de um claro intento de prejudicar e tumultuar a gestão do Clube no momento decisivo dos campeonatos.

Importante salientar que esse tipo de questionamento não ocorreu, por exemplo, em 2021, quando dois desses presidentes de Poder já ocupavam os respectivos cargos e os demais eram vice-presidentes de Poder, embora, naquela janela de meio de ano, atletas e treinadores tenham sido contratados.

É relevante destacar que o Flamengo não possui um único compromisso em atraso, seja com impostos, funcionários ou fornecedores, o que torna ainda mais surpreendente a iniciativa do Conselho Diretor.

Da mesma forma, não há nenhum gasto irregular na área de “patrimônio”, sendo, obviamente, uma crítica injusta à aquisição do terreno para a construção do futuro estádio do Flamengo, algo que foi plenamente autorizado pelo Conselho Deliberativo do Clube, em uma reunião histórica, com mais de 600 sócios votando a favor. A decisão do Clube, tomada pelo Conselho Deliberativo, foi a construção do estádio e não pode ser modificada de forma alguma, mesmo que um Presidente de Poder ou candidato à Presidência seja contra a ideia.

Por fim, é necessário esclarecer que todas as despesas e ações do Presidente do Conselho Diretor foram realizadas em estrita conformidade com as normas estatutárias do Clube de Regatas do Flamengo. O Clube vem cumprindo o orçamento conforme estabelecido e respeitando o limite previsto no artigo 146, inciso III, do Estatuto Social, tornando ainda mais inadequada a interferência em questão.

Por essas razões, o Conselho Diretivo repudia publicamente o teor do Ofício Conjunto assinado pelos demais presidentes de Poder, com claros objetivos políticos, deixando registrado que todas as despesas e ações do Conselho Diretor e de seu Presidente foram conduzidas em estrita conformidade com as normas legais e estatutárias do Clube de Regatas do Flamengo.

Fonte: colunadofla.com