A expressão “a torcida do
ganha jogo” nunca foi tão literal como no último sábado no Mané Garrincha. A bola que voltou da arquibancada para o campo alguns segundos antes originou o inusitado pênalti “tacada de sinuca”. Gabigol cobrou, converteu e garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma nos minutos finais. Mas ele teve que dividir os holofotes desta vez com Edinho Alves e Erik Victor.
Os irmãos rubro-negros de Brasília acidentalmente viraram herói. Em entrevista ao ge, eles explicaram como a bola voltou para o campo e que quase não estavam naquele lugar na arquibancada onde ela caiu:
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– Comprei o ingresso justamente no inferior para ver de perto Gabigol, Arrascaeta, De la Cruz… A gente foi para o estádio um pouco atrasado, então não esperava que fosse chegar e conseguir ficar lá embaixo. Chegamos correndo, cortando todo mundo, e fiquei lá em cima de início. Meu irmão desceu para ver se tinha lugar e achou dois. Aí pouco antes do lance do gol, não sei se foi o Arrascaeta que chutou, a bola foi parar lá em cima, veio descendo e parou na nossa mão.
– A galera toda em volta querendo pegar, a gente tirou foto e eu levantei ela para comemorar. Aí alguém deu um tapa, e a bola foi parar lá no campo. A galera não gostou porque atrapalhou o ataque do
e começou a vaiar. Depois que saiu o pênalti, todo mundo começou a gritar: “Herói, herói!” (risos) – contou Edinho, de 30 anos.
Apesar da polêmica marcação
(veja no vídeo acima)
, que gerou muita reclamação do Criciúma, Edinho acredita que o pênalti foi claro e que Cebolinha faria o gol se o jogador do Criciúma não tivesse chutado a outra bola em cima.
– Eu não acho, tenho certeza. A bola estava dominada, de frente para o gol, o zagueiro não ia chegar, não ia chegar. O Cebolinha ia meter a bola no canto, eu não tenho dúvida. Esse lance originou essa irregularidade e foi pênalti claro – afirmou o torcedor, dividindo o mérito com Gabigol:
– Tem que dar o mérito para o Gabigol porque ele é um craque e merece. É um cara iluminado, fez um golaço. Vamos dizer que somos sócios, eu e Gabigol (risos).
Edinho, o irmão mais velho, já foi a outros jogos do
em Brasília e tem até vídeo no Mané Garrincha em 2018 quando foi ver o time de Vini Jr. e Paquetá. Já o seu irmão mais novo, Erik, que completou 21 anos nesta semana, estava pela primeira vez em uma partida do clube de coração.
– Ele já foi várias vezes, mas foi a minha primeira vez. Emoção absurda. E foi meu aniversário essa semana.
– Foi um presente para ele, e a gente também presenteou a nação flamenguista – brincou Edinho.
Apesar de a bola ter voltado acidentalmente para o campo, como Edinho explicou, ele resolveu assumir a fama de herói e até alterou a descrição de seu perfil nas redes sociais: “Sou o torcedor do
que jogou a bola no campo ❤️🖤”, diz a descrição de sua página no Instagram, onde já ganhou mais de sete mil seguidores desde a noite de sábado.
– Até então eu não esperava que ia dar isso tudo (repercussão). Lá dentro do estádio não pega sinal, então não tinha acesso. Mas o vídeo já estava viralizando. Quando eu cheguei dentro do carro, uns 5km depois do estádio, que fui vendo as marcações chegando e me dei conta. Viralizou, saiu em todas as páginas. Chegamos em casa com todo mundo comemorando.
Confiante após a vitória, que manteve o
em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro e encerrou uma série de dois tropeços seguidos no Maracanã, Erik se disse otimista por mais dois títulos esse ano:
– A minha expectativa é de dois títulos: Brasileirão e Libertadores.
– No Brasileiro somos favoritos. Na Copa do Brasil, por mais que tenhamos um candidato forte nas oitavas (Palmeiras), acho que somos favoritos também. E Liberta nós vamos morder. Um dos três nós vamos morder, pode esperar. E ano que vem tem Mundial e vamos ser campeões.
Fonte: netfla.com.br