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O Flamengo aguarda a publicação, em Diário Oficial da Prefeitura desta segunda, da desapropriação do Gasômetro por leilão em hasta pública – o que significa que o valor mínimo estabelecido em leilão será repassado à Caixa, administradora do fundo de investimentos do terreno no centro da cidade.

O clube se planeja para cobrir 85% dos valores de cerca de R$ 150 milhões – à vista – pela área que soma pouco mais de 100 mil quadrados – isto porque, além do terreno de cerca de 87 mil metros quadrados, há área anexa para estacionamento – com valores arrecadados com a venda de 38 apartamentos no Morro da Viúva.

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O prédio no Morro da Viúva pertencia ao Flamengo – em outros tempos, serviu de moradia para atletas rubro-negros – e foi vendido em 2018 para construtoras, mas o clube ficou com 30% do empreendimento. A estimativa do Flamengo é arrecadar cerca de R$ 114 milhões com a venda dos 38 apartamentos – ou seja, R$ 3 milhões por cada unidade.

Terreno do Gasômetro na Região da Zona Portuária do Rio — Foto: André Durão

A diretoria do Flamengo espera desenrolar rápido até o leilão – há quem fale em até 30 dias -, mas precisará ir ao Conselho Deliberativo e ao Conselho de Administração para aprovar investimento na compra do terreno. Isto porque não estava previsto no orçamento de 2024 e precisaria de apreciação dos conselheiros. O assunto foi discutido com o prefeito pelo presidente Rodolfo Landim, por Marcos Bodin, contratado pelo clube para tocar o assunto, e o vice-presidente geral e jurídico Rodrigo Dunshee.

A desapropriação foi a maneira que a Prefeitura encontrou para resolver imbróglio entre o Flamengo e a Caixa, que divergiam sobre o preço do terreno. A administradora do fundo de investimento pedia mais do que o dobro do que o clube admitia pagar – o Flamengo acenou com R$ 250 milhões. A solução encontrada pela Prefeitura, prevista na Constituição mediante pagamento de indenização ao proprietário e série de requisitos legais e contrapartidas, pode ser alvo de judicialização futura pelo valor da negociação, mas, por ora, a Caixa não fala em levar o caso para a Justiça.

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O texto da desapropriação para leilão será para fim específico de construção de estádio, conforme explicou o prefeito Eduardo Paes, pois existe “interesse público”. Por isso, o Flamengo não teme concorrência para o leilão ainda sem data definida.

A desapropriação faz com que o projeto ganhe grandes chances de ser viabilizado sem SAF. A implementação do modelo era uma alternativa defendida por Landim para não endividar o clube.

– A estruturação desse projeto vai viabilizar o Estádio sem SAF. A nossa força está na nossa torcida e o projeto tem surpresas importantes – escreveu Dunshee nas redes sociais.

O projeto do Flamengo para o estádio próprio reúne características definidas. O Flamengo projeta um estádio para 80 mil pessoas com uma construção mais vertical, algo semelhante ao Santiago Bernabéu, do Real Madrid. Além disso, está prevista a criação de um setor popular para lembrar o antigo o Maracanã.

– É sim (possível colocar um estádio de 80 mil pessoas numa área de 87 mil m²). A gente já fez um anteprojeto de colocação desse estádio. Ainda daria a chance de a gente fazer uma grande praça na frente. Em volta dessa praça, a gente poderia colocar uma série de restaurantes, pontos e tal. Nessa praça, inclusive, poderíamos colocar telões para quem não tiver condição de ir aos grandes jogos ou para quem não conseguir ingresso – afirmou o presidente rubro-negro, Rodolfo Landim.

Fonte: netfla.com.br