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Após anos de negociação com a Caixa Econômica Federal, o Clube de Regatas do Flamengo comemorou a informação divulgada pelo prefeito Eduardo Paes em suas redes sociais de que nesta segunda-feira (24) será publicado no Diário Oficial o decreto de desapropriação do terreno do Gasômetro, conforme havia antecipado o colunista do GLOBO Lauro Jardim. O deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que estava ao lado do prefeito no vídeo, defende desde 2016 que o Flamengo precisa ter o seu próprio estádio por conta do porte e do tamanho do clube. O político adianta que será um projeto longo e que não é possível ainda estipular um prazo para início das obras, mas que o decreto foi um grande passo conquistado.


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— O estádio vai ser um elemento para alavancar a região central da cidade. Isso está no coração do prefeito, mesmo ele sendo vascaíno. O Paes sempre fez projetos de recuperação do Centro, então o estádio está alinhado com essa proposta dele. Vai ser muito mais do que apenas mais uma construção naquela região, como a Caixa estava achando — acredita.

No estudo realizado pela prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, é afirmado que o projeto do estádio será para 80 mil torcedores e que o potencial impacto econômico do Flamengo será de aproximadamente R$ 3 bilhões, um impacto médio de R$ 10,9 milhões por jogo.

Para validar a importância do estádio, o material da prefeitura usa como exemplo estádios de outros países como Wembley, na Inglaterra; NLF, nos Estados Unidos; e New York City F.C, também nos Estados Unidos.

O estudo também diz que o Flamengo planeja revitalizar a área do Gasômetro e que o estádio vai receber 35 jogos de futebol por ano, além de ser uma plataforma de serviços e entretenimento que vai movimentar a região atraindo turistas, gerando novos empregos e que será uma nova opção de serviços e lazer para os moradores do entorno. Diz ainda que o projeto está alinhado com a tendência mundial de “Distritos de Entretenimento”, onde o estádio atua como peça central na valorização urbana e social do entorno.

Capacidade

Em maio, o presidente do Flamengo Rodolfo Landim adiantou que a arena seria no modelo vertical e teria capacidade para 80 mil pessoas. O estudo da prefeitura confirma essa capacidade.

Projeto

O novo estádio rubro-negro será inspirado nos palcos do futebol europeu, como o Santiago Bernabéu, do Real Madrid, o Signal Iduna Park, do Borussia Dortmund, e a Allianz Arena, do Bayern de Munique. A proposta da verticalidade da arquibancada é para intimidar os adversários. O novo estádio vai ocupar uma área de 88 mil metros quadrados.

Investimento

A previsão do Flamengo é que para a construção serão necessários investimentos em torno de R$ 2 bilhões.

SAF

O presidente Rodolfo Landim já havia mostrado ser favorável à SAF, porém com moldes diferentes dos existentes no Brasil atualmente. Landim disse que uma possível venda de 25% de uma SAF rubro-negra com controle da associação permitiria que o clube erguesse próprio a arena em perder a competitividade no futebol e aumentar a dívida com empréstimos. Landim já havia dito também que existiam possíveis investidores de fora do Brasil interessados.

O modelo alemão do Bayern de Munique, na Allianz Arena, foi apontado como o ideal por Landim. O Bayem abriu uma empresa homônima à associação civil e vendeu participações minoritárias para três companhias alemãs, com as quais mantém parcerias de longo prazo: Adidas, Allianz e Audi, que têm 8,3% cada da SAF, enquanto a associação preserva 75% e o controle.

Fonte: netfla.com.br