Dez anos depois da declaração marcante, David Luiz continua a “dar alegria para sua nação” e brilha como artilheiro no Flamengo

– Eu só queria poder dar uma alegria para o povo, a minha gente que sofre tanto com inúmeras coisas. Infelizmente não conseguimos. Desculpa a todos os brasileiros. Só queria ver meu povo sorrir. Todos sabem o quanto era importante ver o Brasil inteiro feliz por causa do futebol.

Na noite da última quinta-feira, o zagueiro conseguiu dar alegria para a sua nação (como é chamada a torcida do

Flamengo

pelos próprios rubro-negros). O gol de cabeça aos 48 minutos do segundo tempo garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, valeu a liderança do Campeonato Brasileiro e fez o Maracanã explodir como se fosse uma final de Copa do Mundo.

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Tanto na arquibancada quanto no gramado, a comemoração foi efusiva. Até Tite invadiu o campo correndo para comemorar com os jogadores e aplaudir a torcida ao soar do apito final. E o experiente e multicampeão David Luiz, hoje aos 37 anos e uma carreira de sucesso na Europa, emocionou-se com o que viveu no Maracanã:

– Isso não é nem o desejo do jogo, é da vida. Acho que nós, mais experientes, que passamos inúmeras coisas na vida, enquanto tiver esse amor genuíno por aquilo que a gente faz, vai ter esses momentos de desfrutar também. O ser humano quer ter esses momentos de felicidade, não só na nossa profissão, mas na nossa vida pessoal também. Com certeza a corrida no campo, depois de um gol, traz muita alegria ao coração. A gente se dedica para caramba, batalha para caramba, para poder desfrutar momentos como esse.

– Eu e o Tite, que já tivemos inúmeras oportunidades no futebol de celebrar, continuamos nos lembrando que a gente ama o que faz, ama estar tendo a oportunidade e o privilégio de representar um dos grandes clubes da América e do mundo. Então isso é um privilégio antes de qualquer coisa, e quando você consegue pegar esse privilégio e transformar em vitórias, em títulos, é ainda mais gratificante. Por isso que é pura, genuína. Você vê um senhor (Tite) dando um pique depois de um jogo, a garotada começa a entender aquilo que é representar um grande clube, aquilo que é representar uma nação e ser um jogador de futebol.

Na saída do estádio, David Luiz também brincou com a fase artilheira que vive. Para quem tem só três gols em 110 partidas com a camisa rubro-negra, são dois gols nos últimos quatro jogos.

– É sempre gratificante. Nós que somos zagueiros estamos ali primeiro para não deixar o adversário fazer gol e tenho me empenhado o máximo possível. Como fiz em toda a minha carreira, quando tiver a oportunidade de ir lá na frente tentar ajudar a equipe. Graças a Deus as coisas estão acontecendo da melhor maneira possível – afirmou, sem escolher qual dos três foi o mais importante:

– Acho que sempre o último é o mais importante. Eu pude, numa jogada que a gente trabalha bastante, estar feliz e no momento certo fazer o gol. Então, para mim, sempre o último é o mais importante. Foi o primeiro, que foi também contra o Bahia lá (Fonte Nova). Depois, contra o Vasco no clássico, e agora esse. O que eu espero é estar disposto e preparado para tentar ajudar.

Além dos gols, David Luiz engatou uma sequência invicta de cinco jogos como titular aproveitando brechas na equipe e colocou uma pulga atrás da orelha de Tite. O

Flamengo

volta a campo no domingo, quando enfrenta o Fluminense às 16h (de Brasília) no Maracanã, e Fabrício Bruno estará de volta após cumprir suspensão. Mas com as grandes atuações do experiente zagueiro ele acirrou a disputa pela titularidade no setor.

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