Não foi aquele lucro, mas está longe ser prejuízo. A vitória por 2 a 0 do
sobre o Bolívar, no Maracanã, foi um verdadeiro carrossel de emoções. Houve momentos de pressão, de beleza, de tensão e de euforia.
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O Rubro-Negro fez um gol de cinema, mas sofreu ao ver Pedro angustiado por dores no músculo posterior da coxa esquerda. O time perdeu
“punch”
com um ídolo que não consegue repetir seus melhores momentos, mas lutou como nos tempos em que a raça sobrepunha o talento. E, embora não tenha goleado, o
deixou o Maraca com um resultado que obrigará os bolivianos a jogarem de outra forma em casa. O Bolívar terá que sair para o jogo se quiser a vaga.
Sim, a altitude de mais de 3.600 metros de La Paz é a maior adversária do
para a próxima quinta-feira, mas um 2 a 0 não pode ser tratado como problema. Foi, sim, solução e trouxe esperança com um segundo gol marcado aos 44 do segundo tempo.
O
fez um bom primeiro tempo e sufocou o Bolívar desde a saída de bola. Sobrou em finalizações (10 a 4), teve mais de posse de bola e não abriu mão de atacar em nenhum momento.
Logo com dois minutos, Pulgar esteve perto de marcar de cabeça. Antes de abrir o placar, oportunidades foram criadas aos montes, e Arrascaeta foi displicente ao não aproveitar adequadamente um rebote fácil de matar após chute de Gerson e briga de Pedro pela bola dentro da área.
O primeiro zero do placar foi tirado com participação decisiva daquele que representaria a principal perda do primeiro tempo:
Pedro dominou no peito passe de Arrascaeta e deu lindo passe para Luiz Araújo marcar.
Apesar da genialidade do camisa 9 no lance, é preciso destacar o coletivo. A jogada toda foi muito bonita. Léo Pereira tocou no limite para De la Cruz, que tocou de primeira e sofreu uma entrada criminosa de Justiniano. Luiz tocou em Arrasca e, inteligentemente, atacou o centro da defesa boliviana para receber o passe de Pedro e guardar.
O problema é que aos 37 minutos, quando Pedro arrancava para possivelmente marcar um golaço, o músculo posterior da coxa esquerda “gritou”. O atleta foi substituído imediatamente, e a perda seria imensa.
A imagem de Pedro com a mão na coxa trouxe um silêncio ao Maracanã no fim do primeiro tempo.
A murchada momentânea do time e da arquibancada teve muito a ver com aqueles minutos finais da etapa inicial.
Gabigol, que não tem a mesma característica de Pedro, não manteve o nível. Teve chance de dar passe para um De la Cruz que estava livre, mas demorou a tomar decisão e caiu na área.
A volta do intervalo, porém, trouxe um
vibrante. Apagado no primeiro tempo, Arrascaeta voltou em outra sintoni/>
Deu combate em Lampe, escondeu a bola numa falta que cavou na ponta direita e mais tarde fez jogada de gênio que Gabigol não aproveitou ao tentar um toquinho fraco de letra.
Ao reparar que o
não machucava como o esperado, Tite sacou Pulgar, que fazia um jogo perigoso e errava bastante perto do gol rubro-negro. Colocou o centroavante Carlinhos para tentar suprir a ausência de Pedro.
De la Cruz não vivia uma noite de grande inspiração, mas brigava. Ayrton Lucas da mesma forma. Se não conseguia penetrar, não desistia tampouco. Sorte dele é que Léo Pereira, além de defender bastante, tornava-se figura importante na construção. Subia para atuar como lateral-esquerdo, aparecia em outro momento como ponta-direita. Fazia uma ótima partida e acabaria premiado por isso.
Diante da falta de criatividade, o abafa se traduziu em cruzamentos – foram 39 do
na partida.
Carlinhos cabeceou da pequena área, e Lampe fez defesaça. E tome levantamento… Carlinhos fura uma, fura duas, mas o
não sai do campo de ataque.
E, mesmo com mais posse, o
tem mais desarmes (21 a 15). Aliás, se o assunto é garra, a atuação de Varela merece citação especial. O uruguaio foi perfeito defendendo e tomou boas decisões no apoio.
De la Cruz, Gerson e Arrascaeta se cansam, mas não pedem para sair. E o
continua no campo do Bolívar.
Agua mole em pedra dura tanto bate até que… Gol! Luiz Araújo, que fazia partida irrepreensível, fechou o duelo com chave de ouro ao cobrar escanteio com perfeição na cabeça de Léo Pereira, dono da atuação mais completa da quarta-feira.
Poderia ter sido mais – e Arrascaeta e Wesley fizeram bonita tabela nos acréscimos -, mas poderia ter sido menos se não fosse toda a disposição do
.
Os descontos ainda trouxeram outra imagem que preocupou os torcedores: Gabigol levou a mão à coxa esquerda e, diferentemente de Viña, que ficou em campo para fazer número contra o Palmeiras, o camisa 99 não suportou e foi direto para o vestiário. Como Tite já havia usado as três janelas de substituição, o time terminou com 10.
A luta fez justiça a um time que finalizou 20 vezes (sofreu apenas seis) e se reinventou para enfrentar a retranca boliviana.
Não foi uma vitória tranquilizadora, mas o gol no fim renovou as esperanças para o
avançar na Libertadores em busca do tetra.
A imagem da frustração trazida pelo o incômodo de Pedro deu lugar à euforia de um time que marcou nos acréscimos e vai para a Bolívia com uma margem de segurança considerável.
Não foi aquele lucro, mas o
Flamengo
ficou longe do prejuízo.
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Fonte: netfla.com.br