O tropeço no empate com o Cuiabá, na noite de sábado no Maracanã, foi um banho de água fria no inverno na empolgação da torcida. Mas nada que afete o prestígio de Tite no
. Em alta, o treinador de 63 anos foi festejado pelos rubro-negros durante a escalação no telão do estádio e completou 50 jogos no clube com o terceiro melhor desempenho de um técnico nos últimos 10 anos.
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Somando as partidas que comandou em 2023 com as de 2024, Tite tem 72% de aproveitamento após 33 vitórias, nove empates e oito derrotas
. Números só inferiores se comparados aos de Jorge Jesus e Renato Gaúcho. Se tivesse vencido o Cuiabá, o atual comandante estaria neste momento com 73,3% e à frente dos 72,8% que o Portaluppi fez em 38 jogos em 2021. Mas ainda estaria atrás dos incríveis 81,6% do mister português depois de 58 partidas.
Tite, do Flamengo, no banco do Maracanã — Foto: Marcelo Cortes / CRF
- Jorge Jesus (2019-2020): 58 jogos – aproveitamento: 44v10e4d = 81,6%
- Renato Gaúcho (2021): 38 jogos – aproveitamento: 25v8e5d = 72,8%
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Tite (2023-2024): 50 jogos – aproveitamento: 33v9e8d = 72%
- Abel Braga (2019): 30 jogos – aproveitamento: 19v7e4d = 71,1%
- Paulo César Carpegiani (2018): 17 jogos – aproveitamento 11v3e3d = 70,5%
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Tite, do Flamengo, com óculos do filme Bad Boys — Foto: Reprodução
Em um cargo de alta rotatividade nos últimos anos, Só Tite, Jorge Jesus, Zé Ricardo e Luxemburgo conseguiram passar a barreira dos 50 jogos no comando.
No
, Tite já conquistou o seu primeiro título no clube, o Carioca de 2024, e espantou a desconfiança da torcida e a fama de retranqueiro com um estilo de jogo ofensivo e o melhor ataque do Campeonato Brasileiro, com 27 gols em 15 rodadas. Conseguiu ainda reinventar a equipe na janela da Copa América e assumir a liderança. Além disso, são vistos como grandes feitos do treinador ter achado em Gerson um líder para suprir a saída do capitão Everton Ribeiro, e também por ter recuperado alguns jogadores que antes eram alvos da torcida: David Luiz, Allan e Wesley.
David Luiz vai até Tite para comemorar gol em Vasco x Flamengo — Foto: André Durão
A maior crítica ao trabalho do treinador é o pouco espaço dado ao ídolo Gabigol. Mas fato é que o atacante já tinha virado reserva no fim da passagem de Jorge Sampaoli na temporada passada, e manteve o status com Tite. E o fato de o camisa 99 não vir sequer sendo relacionado para o banco de reservas, sendo que podia jogar ao menos mais uma partida sem que atrapalhasse uma saída imediata na janela, é uma decisão da diretoria que não passa pela comissão técnica.
Fonte: netfla.com.br