“Tenho entrado e buscado meu espaço, treinado bastante. Mas eu tenho tido poucas oportunidades. Acho que meu último jogo como titular foi há cinco, seis meses. Isso é muito difícil”.
Com essas palavras, Gabigol clamou por mais chances no
Flamengo após decidir a vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma, no último dia 20. Neste sábado, às 21h30 (de Brasília), contra o São Paulo, no Morumbi, ele terá o que deseja.
Sim, o Rubro-Negro entrará em campo com time mesclado, mas Gabigol será titular.
+ Landim explica situação de Gabigol no Flamengo: “Não estou na cadeira para tomar decisão por gratidão”
O camisa 99 fez uma estimativa correta sobre o longo período sem iniciar uma partida. O último jogo como titular aconteceu em 10 de fevereiro, quando o
Flamengo venceu por 3 a 0 o Volta Redonda, com um gol dele.
A primeira chance no time titular após quase seis meses vem em boa hora. Depois de ficar por três rodadas ausentes no período em que decidia se sairia no meio do ano ou não, Gabigol voltou a ter chances e vem de quatro partidas consecutivas. Na série, marcou o gol contra o Criciúma e deu assistência para Carlinhos decidir o jogo contra o Vitória.
Na mesma entrevista concedida à repórter Sofia Miranda, da TV Globo, Gabigol disse que lutaria por tempo em campo.
– As coisas estão em aberto, tudo pode acontecer. O que eu posso fazer é me dedicar ao máximo nos treinos, isso nunca faltou, buscar meu espaço e tentar sempre voltar a ter ritmo de jogo e minutos.
De fato a minutagem de Gabigol é modesta. O camisa 99 jogou por 693 minutos, o que representa apenas 16,3% dos 4.242 minutos jogados pelo
Flamengo em partidas oficiais (43) na atual temporada.
Mas os números não têm a ver apenas com o rendimento esportivo. Devido à suspensão por tentativa de fraude a exame antidoping (o atleta atua amparado por efeito suspensivo), Gabigol perdeu nove jogos no ano. Em relação ao campo, como não vive bom momento técnico desde a temporada passada, foi titular em apenas duas das 21 partidas que fez sob orientação de Tite em 2024.
Todos os números na matéria foram levantados pelo jornalista Guilherme Marçal, do Espião Estatístico.
A divergência a respeito do tempo de contrato entre o que Gabigol deseja e o
Flamengo oferece segue. O camisa 99 e seus representantes querem cinco anos, enquanto a diretoria rubro-negra aceita dar apenas um. O presidente Rodolfo Landim, em encontro com sócios, reafirmou a importância de Gabigol, mas descartou qualquer hipótese de atender aos anseios do atleta numa eventual demonstração de gratidão.
– O problema é que a responsabilidade é minha, e eu vou lá assinar um contrato com o Gabigol de cinco anos com ele tendo um desempenho muito inferior ao que ele teve nos primeiros anos de
Flamengo? Nessa hora, eu sei que a gente mexe com o lado da idolatria do jogador, o torcedor às vezes fica irado, mas não é ele que faz as contas do clube, não é ele quem tem que pagar o salário no fim do ano. Sei que isso gera um desgaste muito grande para o administrador, mas, cara, sinto muito. Eu não estou sentado naquela cadeira para tomar decisão em cima de gratidão que tenho por ninguém.
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Fonte: netfla.com.br