Caixa Econômica Federal estima que terreno tenha valor superior a R$ 1 bilhão
A instituição financeira Caixa Econômica mantém sua posição firme em relação ao terreno do Gasômetro, localizado no centro do Rio de Janeiro. Após o Flamengo adquirir o espaço em um leilão de desapropriação realizado pela Prefeitura, o banco agora espera receber aproximadamente R$ 1,08 bilhão como compensação. O diretor de relações externas do clube, Cacau Cotta, detalhou a situação em contato com o Coluna do Fla.
O dirigente explicou que a diretoria rubro-negra recebeu a notícia com serenidade. Nesse sentido, o clube acredita que o Judiciário não deve concordar com a avaliação da Caixa sobre o valor do terreno. De acordo com a revista Exame, o banco estima receber pela propriedade um montante de R$ 240 milhões, somado a R$ 840 milhões em potencial construtivo. Em resumo, a Caixa almeja obter R$ 1,08 bilhão pelo terreno de 87 mil metros quadrados do Gasômetro.
— Recebemos a informação com tranquilidade. Já sabíamos que o processo de avaliação de valores seria prolongado, da mesma forma que ocorreu com o Terminal Gentileza, que já está concluído. Essa situação não impede a nossa posse, não representa um obstáculo. Já foi realizada a perícia judicial, resultando em um valor de R$ 7,885 milhões. Nós efetuamos o pagamento imediatamente e agora aguardamos a decisão judicial final sobre os valores. O argumento deles é bastante frágil ao mencionar o potencial construtivo. Não faz sentido falar em potencial construtivo de uma área que se encontrava completamente deteriorada e abandonada — relata Cacau, em entrevista ao Coluna.
— Com a Prefeitura trabalhando em parceria com o Flamengo para valorizar todo o entorno da região, é evidente que o potencial construtivo não deve ser considerado nessa discussão. Ninguém irá aceitar essa demanda […] Agora é esperar, nos próximos dias, a posse do terreno para continuarmos a seguir com o processo de licenciamento — completa o diretor.
QUAL O VALOR TOTAL PAGO PELO Flamengo PELO TERRENO?
No dia 31 de julho, o Flamengo adquiriu o terreno no Gasômetro por R$ 138,195 milhões, pagos à vista à Prefeitura. No entanto, uma perícia realizada após o leilão solicitou mais R$ 7,885 milhões ao clube, que prontamente efetuou o pagamento. Dessa forma, o município repassará todo o montante para o banco. Cacau Cotta acredita que não há possibilidade de reversão da desapropriação.
— O projeto em andamento, sob responsabilidade de Marcos Bodin, vice-presidente de patrimônio, trata dessa questão. Em parceria com a Prefeitura, estamos trabalhando para fazer o sonho se tornar realidade. Esse sonho já não é mais apenas um sonho, é uma realidade. Seguiremos com tranquilidade. A Justiça irá debater o valor por um tempo indeterminado. Pode ser que exista um acordo administrativo, extrajudicial. Essa é uma etapa do processo de desapropriação. É importante ressaltar que não é viável reaver um terreno desapropriado. A discussão ocorre a partir do momento da desapropriação, para avaliar o valor e prosseguir com o processo. Até mesmo um acordo pode ser estabelecido — garante Cacau.
“INICIAREMOS A CONSTRUÇÃO!”
Apesar da Caixa desejar um valor bilionário pelo terreno, o Flamengo está se preparando para assumir a posse da área. Portanto, o dirigente rubro-negro, também candidato a vereador na cidade do Rio de Janeiro, assegura que o clube seguirá com o plano de construção do estádio.
— Fica evidente, com base na perícia judicial, que o perito é designado pelo juiz. O juiz nunca permitiria uma discrepância tão acentuada. Portanto, essa diferença é fantasiosa, ilusória, apenas para agradar o fundo de investimento vinculado à Caixa. Essa discussão se prolongará, mas iniciaremos a construção do estádio dentro do prazo estipulado, com as devidas licenças. Podem ter certeza disso, podem cobrar de mim — finaliza Cacau.
Fonte: colunadofla.com