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Discrição que decide: Rossi se firma como pilar do Flamengo com defesas e liderança silenciosa

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No clube com o melhor ataque e a defesa mais sólida da Série A em 2025, um nome tem se destacado pela consistência e discrição: Agustín Rossi. Sem alarde e com um estilo simples, o goleiro argentino vem sendo peça-chave no sucesso do Flamengo. Com intervenções decisivas e precisão nos passes que muitas vezes iniciam jogadas ofensivas, Rossi se tornou um dos pilares da equipe.

– Eu sinto que esta é minha melhor fase no Flamengo, estou tendo meu melhor ritmo de jogo. Sinto que estou na mesma fase de quando o Flamengo me procurou pela primeira vez, em 2022, quando estava no Boca Juniors – afirmou Rossi em entrevista exclusiva à Globo nesta semana.

Premiado como o melhor jogador do futebol argentino em seu último ano por lá, o camisa 1 do Flamengo frequentemente tem sido apontado como o melhor em campo nas partidas deste ano. Foi o caso no clássico diante do Botafogo, quando realizou uma defesa crucial em chute de Marlon Freitas.

– É uma bola que não vi sair, fui na minha intuição e, quando vi, já estava perto de mim. Tenho algumas boas defesas, mas eu também sou muito de fazer o simples. Não aparento fazer muitas defesas difíceis, porque faço o simples, não gosto de aparecer muito. É meu estilo, sou tranquilo.

Sereno fora de campo e seguro dentro dele, Rossi tem conquistado o respeito do elenco e o carinho da torcida. Sua tranquilidade inspira confiança aos companheiros e ao técnico Filipe Luís, com quem mantém um diálogo constante durante as partidas. A conexão entre goleiro e treinador vem sendo um diferencial tático e emocional para o time.

– Acho que essa confiança entre treinador e jogador é importante. Mesmo quando o Filipe jogava ainda, a gente conversava muito nos jogos sobre como deveria defender ou aproveitar os espaços que o outro time dava. Nos falamos muito, não só durante a semana, mas também nos jogos eu me aproximo dele. Porque quem está de fora tem uma visão e eu, lá atrás, tenho outra, sobre os espaços, como atacar, bola parada, algum detalhe para corrigir. Essa relação é muito importante, e todos os jogadores aqui confiam nele, e ele confia na gente – comentou Rossi.

O duelo contra o Botafogo também marcou uma data especial: Rossi completou 100 partidas com a camisa rubro-negra. Esse marco veio pouco tempo depois de um momento traumático fora das quatro linhas, o jogador teve seu carro atingido por tiros durante uma tentativa de assalto, logo após retornar de uma partida na Argentina. Mesmo assim, manteve o foco e o profissionalismo.

– Coisas assim podem acontecer no mundo inteiro. Na Argentina acontece muito. Quando você vê é uma coisa, mas viver um momento assim, tão de perto, para mim e minha família foi difícil assimilar o que foi e o que poderia ter acontecido. Estou aqui, estou bem, mas mudei nessa questão de segurança. Quando estou em um jogo à noite ou minha família chega à noite, coloco um segurança para dar mais tranquilidade. Tem jogadores que moraram aqui por mais de 20 anos e nunca aconteceu nada com eles, eu tive o azar de acontecer comigo. A cabeça está sempre fervendo, mas estou feliz aqui, porque nos adaptamos bem aqui ao Rio – destacou o goleiro, que faz planos para o futuro:

– Estou muito feliz e eu sei que, se eu faço bem as coisas, vou ficar aqui por muito tempo. Isso que vai trazer títulos, vivência, idolatria. Só se eu cuidar bem do meu trabalho aqui no dia a dia e tentar ficar muito tempo aqui.

Neste domingo, contra o Palmeiras, e na quarta-feira, diante do Deportivo Táchira, o Flamengo espera contar mais uma vez com a segurança do seu goleiro. Em grande fase, Rossi é visto como peça fundamental tanto na luta pela ponta do Brasileirão quanto na busca pela classificação às oitavas da Libertadores.

– Podemos falar que é uma das semanas mais decisivas, mas ainda vão faltar 28 jogos depois (no Brasileiro). Você ganha esse campeonato vencendo ou não perdendo para um time que está acima, mas aqui no Brasil tem muito time grande que sempre temos que tentar vencer. Eles são muito fortes na casa deles, mas no ano passado levamos a melhor no saldo contra eles. Temos que tentar vencer lá e, depois, na quarta tem mais uma final para a gente, pela Libertadores.

Fonte: S1Live

Fonte: netfla.com.br