A eleição do
Flamengo
será em dezembro, mas a movimentação nos bastidores já é intensa. A decisão de Rodolfo Landim de apoiar Rodrigo Dunshee no pleito dividiu a base aliada ao atual presidente. Uma parte do grupo de Landim vai apoiar a candidatura de Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Peças começaram a se mexer na diretoria, e o jogo de xadrez iniciou oficialmente na sexta-feira.
Landim perdeu o apoio de três dos 17 vice-presidentes que fazem parte do Conselho Diretor.
A tendência é que a divisão aumente quando Bap – atual presidente do Conselho de Administração – anunciar sua candidatura. A oficialização das chapas está marcada para agosto.
O vice-presidente de Finanças, Rodrigo Tostes, e o VP de Gabinete da Presidência, Marcelo Conti, deixaram seus respectivos cargos na sexta para apoiar a candidatura de Bap. Em maio, Maurício Gomes de Mattos havia pedido desligamento do cargo de VP de Consulados e Embaixadas e anunciou que será candidato à presidência.
O anúncio das saídas de Tostes e Conti foi feito em reunião na sexta, na Gávea. Na conversa, Landim informou que Diogo Lemos, membro do Conselho de Futebol e
escolhido pelo presidente para tratativas na CBF
, assumirá o cargo de VP de Gabinete da Presidência.
Para o lugar de Tostes, Landim não deve anunciar um substituto. O presidente acumulará o cargo e será o responsável pela pasta de Finanças até dezembro, quando sairá a presidência. No entanto, Landim não pretende deixar o
Flamengo
e se organiza para disputar a eleição à presidência do Conselho Deliberativo a partir do ano que vem.
As peças do xadrez rubro-negro começaram a se mexer quando, na segunda quinzena de junho, Landim anunciou apoio a Dunshee no jantar mensal organizado pelo ex-presidente Delair Dumbrosck em um restaurante na Barra da Tijuca. Foi a primeira vez que Dunshee, atual vice-presidente geral e jurídico, se pronunciou publicamente como pré-candidato.
Internamente, havia grande expectativa sobre a decisão de Landim. Desde o ano passado, havia dúvida sobre qual candidato receberia o apoio do presidente, que indicava o apoio a Dunshee, seu vice geral, mas demorou a anunciá-lo publicamente.
Um dos dirigentes que deixaram a gestão Landim, Rodrigo Tostes é um nome conhecido nos bastidores da Gávea. Ele exerceu a mesma função de VP de Finanças no primeiro mandato de Eduardo Bandeira de Mello (2013 a 2015), mas deixou o cargo em situação semelhante à atual.
À época, Tostes entregou o cargo para apoiar a candidatura de Wallim Vasconcelos, que encabeçou umas das chapas concorrentes a Bandeira na eleição de 2015. Bandeira acabou reeleito e comandou o
Flamengo
até o fim de 2018.
Wallim e Tostes são figuras importantes do grupo que iniciou a reformulação administrativa do
Flamengo
em 2013, no primeiro mandato de Bandeira de Mello. Landim também fez parte daquela diretoria. Em 2015, o grupo rachou.
Tostes retornou ao
Flamengo
em 2020 após Wallim renunciar à vice-presidência de Finanças, que ocupou no primeiro ano da gestão Landim. Na ocasião, Wallim optou por se desligar como forma de se posicionar contra a forma como o clube era gerido.
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Fonte: netfla.com.br