Fã declarado de Lewis Hamilton, Gabriel Barbosa não poupou palavras ao avaliar o desempenho do heptacampeão no GP do Canadá, vencido neste domingo por Max Verstappen. Embora o quarto lugar tenha sido o melhor resultado do veterano no ano, Gabigol se queixou da tática adotada pela Mercedes nas voltas finais da corrida, disse que a equipe prejudicou deliberadamente Hamilton e até se declarou ansioso pela ida do piloto à Ferrari – o que se concretizará apenas em 2025.
Hamilton largou da sétima colocação e, apesar do vai e vem da chuva e das duas interrupções causadas por batidas no Circuito Gilles Villeneuve, cruzou a linha de chegada em quarto lugar. Mas foi seu colega George Russell, pole position da prova, quem conquistou o primeiro pódio da Mercedes de 2024 ao ficar com o terceiro lugar – o que não deixou Gabigol nada feliz.
Hamilton foi um dos primeiros pilotos a migrar dos pneus de chuva para os slick, colocando os médios na volta 44 e caindo de quinto para décimo. A Mercedes, porém, decidiu deixar Russell na pista por mais duas voltas – reservando os pneus duros para ele.
O pit stop com médios foi um pedido de Hamilton. Ele relatou pelo rádio ao seu engenheiro, Peter Bonnington, que rivais como Pierre Gasly estavam perdendo rendimento “porque os pneus duros estão uma m…”.
O tiro acabou saindo pela culatra; à medida em que os carros da frente também fizeram suas trocas, Hamilton acabou vendo sua diferença para Piastri, quarto colocado, aumentar quase 5s.
O veterano questionou a Mercedes, que respondeu deduzindo que ele pode ter feito seu pit stop muito cedo e, por isso, perdeu tempo atrás de Guanyu Zhou – o piloto da Sauber, depois de também visitar os boxes, acabou surgindo na frente de Hamilton na pista na volta 46 embora as posições virtuais os colocassem em quinto e 18º lugares.
Hamilton voltou para os boxes logo depois do safety car acionado pela batida de Alex Albon na volta 54 – a 16 para o fim da corrida. Ele calçou pneus duros, sucedendo uma conversa com seu engenheiro na qual lhe foi sugerido colocar os compostos de faixa branca.
O heptacampeão perguntou por que, e questionou se não tinham mais pneus macios. Em resposta, ouviu que “seria muito arriscado” e que também não tinham pneus médios. A partir daí, Peter Bonnington lembrou o piloto de que os compostos dos rivais, mais macios, estavam sujeitos à degradação e renderiam menos. Mesmo assim, Hamilton não ficou satisfeito.
Russell, ao contrário dele, tinha os compostos de faixa amarela e optou por eles no seu último pit stop. Com isso, o piloto do carro 63 conseguiu vantagem para brigar de forma direta com Hamilton nas voltas finais, depois que a corrida recomeçou, e impedir o veterano de alcançar o terceiro lugar.
A corrida terminou com Verstappen na frente, superando Lando Norris e Russell – sem ritmo suficiente para brigar com os dois por posições melhores. Este foi o último GP do Canadá de Hamilton com a Mercedes: em 2025, ele correrá na Ferrari ao lado de Charles Leclerc – que também não teve um bom dia se tratando de estratégias neste domingo e abandonou a corrida com uma falha no motor.
Depois da corrida, Gabigol seguiu interagindo com alguns fãs e avaliando a corrida. Ao ver um vídeo que mostra Hamilton em silêncio no carro após um discurso motivacional do chefe Toto Wolff, o atacante se propôs a “responder” no lugar do ídolo.
Hamilton voltará às pistas daqui a duas semanas no GP da Espanha, em 22 de junho. Veja calendário completo da F1. Já o Flamengo de Gabigol retorna a campo na próxima quinta-feira, em confronto com o Grêmio válido pelo Campeonato Brasileiro de futebol.
Fonte: netfla.com.br