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Nunca na história da Gávea se torceu tanto para que uma imagem fosse criada por inteligência artificial. Em vão. Lá está Gabriel Gabigol Barbosa, o maior ídolo de 95% das crianças e adultos rubro-negros, depois de Zico. Sentadinho, relax, tomando uma cervejinha e vestindo a recém-lançada camisa antirracista do Corinthians.

A camisa é bonita.

Mas ficou feio.

Perdeu a camisa 10 e foi multado.

Porém, a grande punição foi Gabigol que impôs à maior torcida do Brasil.

Gente que o defendeu em todas as polêmicas recentes. Gente que evitou vaiá-lo durante a má fase técnica. Gente que gritava o nome dele mesmo que ele estivesse no banco.

É traição que chama? É sim. Traição de novela, daquelas que faz o galã ou a estrela chorarem ao ver a amada ou o amado beijando outra pessoa. Nem Nelson Rodrigues seria capaz de criar algo assim. Só Gabigol pode responder, honestamente, se foi de propósito, se tinha a intenção de cutucar a diretoria ou a comissão técnica, se todas as suas outras camisas estavam lavando… Não adiantaram as cambalhotas retóricas da assessoria tentando explicar a gafe.

Era uma reunião íntima. Mesmo assim não tem desculpa. Camisas de outros clubes são para guardar na coleção ou presentear parentes e amigos. A Nação não merecia isso não. E Gabigol talvez tenha pensado em tudo. Menos na Nação.

Vestiu a preta. A sorte dele então mudou.

Fonte: netfla.com.br