O período da Copa América é uma reinvenção para o
Flamengo. Sem os cinco convocados, Tite precisou encontrar uma nova forma de jogar e ainda precisou conviver com lesões de outros atletas. No período, Gerson se tornou uma peça importante para o time – dentro e fora da campo.
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O jogador prova, mais uma vez, o apelido de coringa. Versátil, Gerson vem atuando na posição que o time tem necessidade. Há quem diga que desde o retorno da Europa as melhores atuações foram quando jogou mais avançado pela direita já neste ano com Tite. Agora, no período da Copa América, o jogador parece ter se encontrado novamente como segundo volante na ausência de De la Cruz.
Gerson discursa em bastidores de Vasco x Flamengo — Foto: Reprodução
Sem os convocados, Gerson jogou a partida completa em todos os jogos: Grêmio, Athletico, Bahia e Fluminense. Contra o Bahia fez um gol e deu uma assistência.
Pensando nisso, o
ge convidou três comentaristas do Grupo Globo para opinarem sobre o momento de Gerson. As atuações recentes foram elogiadas, mas houve a ponderação: De la Cruz é o segundo volante titular.
Veja abaixo a análise de cada um.
Acho que Gerson tem se tornado um dos mais importantes, se não o mais importante jogador nesse momento. Ainda mais no meio-campo que está desfigurado e com o Léo Ortiz fazendo uma função que é difícil pra ele. Gerson tem sido fundamental, tanto pra iniciar a jogada de ataque, quanto também sem bola.
Acho que isso mostra que ele pode ser importante em muitos momentos do Flamengo em que precisar dele no meio. Mas ainda acho que o melhor encaixe de time obtido nesta temporada é com o De la Cruz, que pra mim é um camisa 8, um segundo homem de meio melhor do que o Gerson nesse momento, com o Gerson partindo da ponta e se tornando mais um meio-campista na hora que o Flamengo ataca. Ainda acho que esse é o melhor encaixe.
Mas, sim, acho que ele é um dos mais importantes desse período e isso prova que ele pode ser útil em necessidades do time pra compor o meio. Mas ainda prefiro a formação que estava jogando antes da convocação dos jogadores.
Gerson é um jogador experiente que, além da qualidade técnica, tem uma visão de jogo que o torna capaz de se adaptar às diversas posições do meio campo. Nesse momento em que o Flamengo não dispõe de vários jogadores por causa da Copa América, Gerson é a segurança em desempenho e liderança no setor. Os colegas o procuram na hora de pensar a jogada e é ele quem acaba ditando o ritmo do Flamengo com e sem a bola. Sem dúvida, ele é agora a referência técnica do time, assumindo com tranquilidade a responsabilidade de liderar o time nessa janela de desfalques.
Acho que essa melhora dele tem a ver com readaptação física ao Brasil. Eu acho que tem a ver com ele se sentir também mais confiante com as boas atuações que ele teve jogando mais adiantado, jogando como falso ponta ali pela direita. Ele entendeu que era o momento ali, pelo tamanho que ele tem dentro do clube, de assumir a responsabilidade nesse período sem algum dos outros principais jogadores. Não que o Gerson não possa se destacar quando todos voltarem. Acho que ele pode ser destaque do jogo mais importante do Flamengo da temporada pela qualidade que ele tem.
Ele jogando como volante, eu acho que o melhor dele é quando o Flamengo consegue encaixar mais vezes a marcação no campo de ataque. Como, por exemplo, ele jogava em 2019. Ele era o segundo homem de meio campo; A gente está falando de cinco anos atrás, ele está cinco anos mais velho, então é claro que fisicamente o potencial dele é diferente hoje. Mas eu acho que ainda assim, o melhor dele defensivamente como volante é quando o time marca mais adiantado.
Quando o time marca mais perto da área, mais recuado, mais vezes, a gente não consegue ver o melhor dele, porque aí ele tem que fazer mais movimentos de cobertura, fechar mais a frente da área, coisas que ele não é tão especialista assim.
Mas eu acho que se ele continuar com esse estado anímico, encarnando essa responsabilidade, essa liderança, talvez ele possa ganhar a sequência assim como um volante, como um jogador de meio campo. O grande problema é que quando está todo mundo disponível, quem joga de segundo nome é o De la Cruz. Acho que isso é uma coisa meio que não tem como mexer hoje. Eu acho que ficaria difícil por essa questão, mas numa ausência do De la Cruz acho que ele pode jogar assim.
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Fonte: netfla.com.br
