A Prefeitura do Rio divulgou nesta terça-feira o edital do leilão do terreno do Gasômetro, que pertencia a um fundo administrado pela Caixa Econômica Federal e foi desapropriado. O
Flamengo
é o principal interessado em adquirir o local para a construção de seu estádio.
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O leilão está marcado para o dia 31 de julho de 2024, às 14h30, no Auditório do CASS.
O lance mínimo será de R$ 138,195 milhões.
O vencedor do leilão deverá apresentar o projeto final em até 18 meses após a assinatura do Termo de Promessa de Compra e Venda, e deverá executar o projeto em até 36 meses. Com as especificações do edital, o
não teme concorrência.
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Segundo o colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, o edital pede a construção de um estádio para no mínimo 70 mil lugares e estabelece uma série de diretrizes a serem cumpridas pelos interessados:
– A gente entende esse papel, é importante para a revitalização daquela região da cidade. O
não vai fazer só um estádio, ali vai ser um lugar de entretenimento, vai ter centro de convenções (…). Vamos trabalhar junto com a direção do
, com o presidente Landim, com os presidentes que vierem para que a gente possa realizar esse sonho da nação rubro-negra – disse o prefeito Eduardo Paes quando anunciou a desapropriação do terreno.
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– A decisão do prefeito Eduardo Paes reconhece o interesse público envolvido e propicia um passo importantíssimo na realização do projeto para erguer o estádio próprio do
, sonho de toda a Nação Rubro-Negra. A diretoria do
tem plena consciência da importância desta obra tanto para o nosso clube como também para a revitalização de uma das mais tradicionais áreas de nossa cidade.
A Caixa Econômica Federal, que administra o fundo que é dono do terreno, alegou que não foi comunicada sobre a desapropriação e enviou a seguinte resposta ao
ge
:
– A CAIXA, enquanto administradora do Fundo Imobiliário Porto Maravilha, não foi comunicada oficialmente sobre a decisão da prefeitura do Rio de Janeiro e, portanto, se manifestará oportunamente sobre o assunto.
Impasse financeiro leva à desapropriação
O impasse financeiro entre o clube e Caixa Econômica Federal pelo terreno do Gasômetro fez Eduardo Paes revelar a possibilidade de desapropriar a área. A primeira vez que o prefeito trouxe a informação à foi em um jantar com Rodolfo Landim, presidente do
, e outros membros ligados ao clubes há um mês.
Houve uma rodada de conversas enquanto o
aguardava a Caixa colocar no papel o valor que gostaria de vender o terreno. Não aconteceu. Na reunião da última segunda-feira, entre o clube e a Prefeitura, Paes comunicou que iria desapropriar a área para facilitar o projeto rubro-negro. A ação foi divulgada neste domingo pelo prefeito nas redes sociais.
A desapropriação de terreno privado por parte do Poder Executivo está prevista na Constituição. Há uma série de requisitos legais para tal, mas resumidamente a medida é possível desde que haja interesse público e pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro. Vale destacar que a prefeitura já havia desapropriado uma parte desse próprio terreno que pertence a um fundo de investimento gerido pela Caixa.
Para construir o terminal rodoviário Gentileza, a prefeitura fez a desapropriação de três áreas na região: uma que antes pertencia a uma cervejaria, outra de uma antiga fábrica de velas e um pedaço de 26.617,03 metros quadrados do terreno da Caixa, totalizando 77.000 m². Para isso, o município indenizou em R$ 40,8 milhões o fundo de investimento, que alegou prejuízo e entrou na Justiça exigindo receber mais R$ 12,9 milhões.
Apesar de o futuro estádio do
vir a ser uma propriedade privada, a desapropriação do terreno para sua construção estaria embasada no “interesse público” causado pelo benefício da região como um todo. O projeto visa revitalizar a região localizada no entorno do estádio. A ideia é ter, por exemplo, uma área com bares e restaurantes com telões para os torcedores assistirem ao jogos perto do local. Para a desapropriação, a prefeitura exigiu que o clube cumpra essa parta do projeto. Assim, dentro do estádio haverá um centro de convenções e, no entorno, espaços de entretenimento.
O projeto do
para o estádio próprio reúne características definidas. O
projeta um estádio para 80 mil pessoas com uma construção mais vertical, algo semelhante ao Santiago Bernabéu, do Real Madrid. Além disso, está prevista a criação de um setor popular para lembrar o antigo o Maracanã.
– É sim (possível colocar um estádio de 80 mil pessoas numa área de 87 mil m²). A gente já fez um anteprojeto de colocação desse estádio. Ainda daria a chance de a gente fazer uma grande praça na frente. Em volta dessa praça, a gente poderia colocar uma série de restaurantes, pontos e tal. Nessa praça, inclusive, poderíamos colocar telões para quem não tiver condição de ir aos grandes jogos ou para quem não conseguir ingresso – afirmou o presidente rubro-negro, Rodolfo Landim.
Fonte: netfla.com.br