As movimentações políticas pela construção do novo estádio do Flamengo estão cada vez mais intensas. O vice-presidente de futebol do rubro-negro e vereador, Marcos Braz (PL), e o prefeito Eduardo Paes (PSD) se articulam para um desfecho positivo na negociação do clube com a Caixa Econômica Federal, “dona” do terreno no Gasômetro, na zona portuária da cidade.
Na última semana, a Câmara de Vereadores do Rio aprovou uma comissão especial, que será presidida por Marcos Braz, para acompanhar o andamento de um possível acordo com a Caixa. Inclusive, o dirigente votou a favor na primeira discussão sobre o projeto de lei que viabilizaria a reforma de São Januário, além de cobrar o mesmo posicionamento de parlamentares quando for a vez do estádio do Flamengo.
O clube conta com a atuação de Paes para um projeto de lei sobre o potencial construtivo, que é o direito de construir além da própria área de seu terreno, o que seria a verba arrecadada para financiar as obras do estádio. Até o momento, o prefeito é um dos principais aliados do Flamengo e chegou a fazer uma ameaça de desapropriar a área, caso a Caixa não colabore.
Um dos principais entraves ao negócio é o valor que o rubro-negro se dispõe a desembolsar pela área: R$ 250 milhões. A Caixa concorda com a quantia do terreno, mas quer mais diante do potencial construtivo da área de 600 mil m², uma vez que poderiam ser erguidas no terreno, por exemplo, três torres habitacionais. Por isso, o banco alega que o clube teria que desembolsar pelo menos três vezes mais.
Na ocasião, o potencial construtivo é da sede do clube social, na Gávea. No entanto, não há definição de locais disponíveis para recebê-lo e ainda falta a anuência do projeto do estádio pela Câmara e Prefeitura.
Uma das iniciativas de Paes é encontrar respaldo político na Câmara dos Deputados por meio dos aliados Pedro Paulo (PSD), cotado para ser vice na chapa que busca a reeleição, e Doutor Luizinho (PP). Para tirar o projeto do papel, Pedro Paulo defende uma solução política que envolva o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, por ora, pretende deixar que as partes se entendam. A tendência é que novas reuniões ocorram entre Caixa e Flamengo.
Fonte: netfla.com.br