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Nesta quarta-feira (15), a

CBF

cedeu à pressão de 15 clubes da Série A e

suspendeu as rodadas 7 e 8 do Brasileirão
.
No entanto, as demais competições do futebol nacional seguirão sem qualquer interrupção.

De acordo com o documento divulgado pela entidade, a primeira divisão só foi paralisada por ter maioria dos votos a favor de uma suspensão.

Ao todo, 15 times pediram que os jogos fossem adiados
.


Atlético-MG
,


Atlético-GO
,


Athletico-PR
,


Bahia
,


Botafogo
,


Criciúma
,


Cruzeiro
,


Cuiabá
,


Fluminense
,


Fortaleza
,


Grêmio
,


Internacional
,


Juventude
,


Vasco
e


Juventude

foram os times que votaram a favor da suspensão.

Flamengo, Palmeiras e São Paulo se posicionaram contra a paralisação de forma pública, mas não responderam formalmente o ofício enviado pela CBF. O Corinthians não se manifestou em nenhum momento oficialmente e nem respondeu ao ofício. Já o Bragantino, por nota oficial, disse ter sido a favor da pausa. No entanto, o Massa Bruta diz ter sido ignorado pela CBF na relação.

Caso não haja mudança, o Campeonato Brasileiro volta no dia 1º de junho, na 9ª rodada.

De acordo com a entidade, os times que desejavam paralisação nas demais competições não conseguiram formar maioria. Diante disso, os jogos seguirão normalmente.

As Séries B, C e D do Brasileiro,


Copa do Brasil
,

A1, A2 e A3 do feminino, Brasileiro masculino e feminino sub-20 continuarão sendo realizadas normalmente, com exceção das partidas que envolvem times gaúchos.

Irritação nos bastidores

A

ESPN

apurou que a decisão de paralisar foi uma vitória da Liga Forte Futebol, maioria entre os times da Série A, mas que atualmente se encontra mais distante da CBF. Ainda segundo apuração, a CBF não tratava paralisar a competição como opção.

Tanto é que Ednaldo Rodrigues está fora do país e havia marcado um Conselho Técnico para resolver tais questões apenas no dia 27 de maio. E ceder à pressão de tais equipes foi algo que deixou a cúpula da entidade bastante irritada.

A principal tecla que a CBF bateu para ser contra uma paralisação é o apertado calendário. Se anteriormente a programação de 2024 foi feita sem jogos durante a Data Fifa, para que evitar que os times tenham desfalques, o documento apresentado pela entidade deixa claro que os jogos realocados acontecerão neste período, fazendo com que as equipes atuem desfalcadas.

Além disso, a CBF enumerou diversos pontos que serão necessários de mudança: a renegociação com detentores de direito de transmissão e patrocinadores, revisão no acordo de intervalo de 66 horas entre uma partida e outra, além de um ‘estrangulamento do calendário’ de 2025, muito por conta do novo formato de


Mundial de Clubes

, que trará mais datas e tem três times brasileiros na disputa até aqui: Flamengo, Fluminense e Palmeiras.

Como apurou a

ESPN

, a CBF acredita estar eximida de qualquer culpa no calendário caso algum clube reclame mais tarde. Na visão da entidade, o acúmulo de jogos será um problema causado pelas equipes que pediram a suspensão das partidas neste momento.


Veja abaixo todas as mudanças que a CBF pretende fazer após a pausa do Brasileirão:

  • Renegociações com detentores de direito de transmissão e patrocinadores;

  • Análise de impacto em relação ao prazo de vigência de contrato de jogadores;

  • Possível invasão de período de férias de jogadores com a necessidade de revisão;

  • Impacto em relações sindicais e acordos com o Ministério Público do Trabalho;

  • Estrangulamento do calendário de 2025, para o qual já há previsão de realização do novo formato do Mundial de Clubes, que consumirá maior número de datas;

  • Possível impacto nas datas dos campeonatos estaduais, que precisarão se readequar para acomodar o prolongamento do calendário de 2025;

  • Possível revisão de acordos para a redução dos intervalos entre jogos (66 horas)

Fonte: netfla.com.br