O Flamengo teve que suar, mas venceu o Bolívar por 2 a 0, nesta quinta-feira, no Maracanã, pelo jogo de ida das oitavas de final da Conmebol Libertadores. Como a volta é na altitude boliviana, o Rubro-Negro comemora o resultado por ter conseguido abrir uma gordura antes de encarar os 3.640 m de La Paz. Na coletiva de imprensa, o técnico Tite foi sucinto ao valorizar o resultado.
— O resultado e o placar não condizem o que foi o desempenho, o número de oportunidades e o volume tido.
— (A diferença de atuação do primeiro para o segundo tempo foram por causa das) Fases do jogo em que o adversário se posiciona. Se posicionando na média, dando espaços para nós nas suas costas para explorar. Segundo tempo ele veio para trás, aí você tem possibilidade de jogar pelo lado e ter jogadores de finalização de média distância ou de cruzamento com finalização. Movimento e posicionamento do adversário — completou o treinador.
Tite também falou sobre as lesões sofridas por Pedro e Gabigol ao criticar o calendário do futebol brasileiro . Os dois deixaram o gramado sentindo dores na coxa e serão reavaliados após a partida. Porém, há a preocupação de que a dupla não esteja presente para o jogo de volta, na próxima quinta-feira.
— Vai em cima do trabalho do Flamengo, como instituição, como grandeza. Eu gostaria de ficar um tempo grande no Flamengo, mas eu sei que a cada dia que passa é um dia a menos que vou ficar aqui. Mas a grandeza do Flamengo, dos seus atletas, eu queria estar errado para falar de calendário. Mas olhem o que está acontecendo. Tem uma série de pessoas da imprensa conscienciosa. O (Carlos Eduardo) Mansur. Leiam a crônica dele quando ele fala de calendário. E não adianta me dar balinha doce o sindicato dos atletas dizer: “Ah, eu agradeci ao Tite porque ele falou, mas o calendário estava e nós aceitamos 66 horas”. Não tem que aceitar, não. Nós, enquanto técnico, temos que bater, o atleta vai arrebentar.
Escolha por Gabigol: “Nós temos um jogador que tem a grandeza do Gabi e uma coordenação com o Arrascaeta. É injusto dizer que poderia (ter entrado) esse ou aquele. Com todo respeito. No todo, a sua parcela de contribuição foi um grande jogo”
Expectativa por goleada: “A mentalidade dos atletas foi fundamental hoje, o futebol se joga, antes de tudo, com a cabeça. O torcedor quer chegar e acelerar tudo, mas ter a naturalidade de ter calma e rodar a bola, de chegar na frente. Nós continuamos a marcar pressão com um jogador a menos, vocês repararam? Essa aplicação que a equipe teve foi excepcional. Sabemos que desempenho acaba determinando. Hoje jogou tanto ou mais do que o 4 a 0 (na fase de grupos). Depois temos o Botafogo, temos uma força no grupo. Agora é termos o grupo todo para projetarmos domingo”
Sobre reforços: “É tudo de bom para dar clique a minha resposta. Sabe por quê? Porque existem autonomias dentro do clube, que é muito bem organizado com relação a isso. Assunto diretivo. O técnico tem que trabalhar e fortalecer o seu grupo. Isso é o que nós fizemos”
Virar a chave: “Dividindo a resposta, tem que equilibrar estas duas situações (Brasileiro e Libertadores). Ela é desafiadora. Mas a gente não vira a chave em lugar nenhum, continua com a chave. Porque desempenho é emprestado de um jogo para outro, de um treino para outro”
Poupar contra o Botafogo? “Eu não preservo e nem poupo ninguém. Quem tem autonomia para tirar e barrar jogador é o departamento médico, porque a saúde do jogador está em primeiro lugar. Eu não vou fazer isso, eu sou um ex-atleta que teve que parar de jogar com 27 anos porque estourou os dois joelhos. Não jogava muito, mas toda a possibilidade de jogar que eu tive se foi, e tinha que sustentar minha família. Por isso da minha veemência”
Gerson sentiu? “Gerson foi câimbra, o Erick (Pulgar) sentiu o adutor, o Nico (De la Cruz) estava com cãibra, o Varela estava com cãibra nas duas panturrilhas”
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Fonte: netfla.com.br