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O Flamengo sofreu uma derrota contundente na noite deste domingo, sendo superado por 4 a 1 pelo Botafogo no Estádio Nilton Santos, em confronto válido pelo Campeonato Brasileiro. Tite não escondeu sua insatisfação com o desempenho da equipe e fez questão de reconhecer o mérito do adversário.

Em sua coletiva de imprensa após a partida, Tite começou parabenizando o Botafogo pela atuação sólida durante os 90 minutos, mas não deixou de destacar que o Flamengo, um clube com a história e o peso do Rubro-Negro, “não pode levar quatro gols”.

“Parabenizar o Botafogo pelo grande jogo que fez, manteve um nível muito regular no primeiro e segundo tempo, sempre em alto nível. No futebol, é preciso saber reconhecer o mérito do adversário, mesmo com toda a dor da derrota. O Flamengo não pode perder de 4 a 1, não pode tomar quatro gols, temos consciência disso. Mas, ao mesmo tempo, é necessário considerar fatores importantes”, afirmou o treinador.

Um dos pontos mais debatidos foi a substituição de Arrascaeta, que saiu machucado no início do jogo, com Victor Hugo entrando em seu lugar. Questionado sobre a escolha, especialmente com Lorran no banco, Tite preferiu não se aprofundar nas justificativas individuais, optando por uma análise mais ampla.

“Quando se analisa situações específicas, isso se torna muito pontual, e não é do meu perfil. Quando a equipe perde, ela perde no seu contexto, no seu conjunto. Se Victor Hugo tivesse entrado bem e a equipe tivesse conquistado bons resultados, a pergunta seria inversa. Nosso conjunto não funcionou, especialmente no segundo tempo, quando a equipe foi se desmanchando fisicamente. Caímos, caímos, e isso era visível. A intensidade do Botafogo permaneceu, pois eles têm qualidade, verticalidade, e uma estrutura física forte, além de terem tido um dia a mais de recuperação”, explicou Tite.

Confira outras respostas de Tite após a derrota para o Botafogo:


Comparação física com Botafogo

– Os aspectos físicos são levados em consideração, mas é o conjunto todo, inclusive o tático de ter que mudar e estruturar a equipe. É do conjunto da obra, sim, do que precisa melhorar e recuperar. (…) Sabe o que o Nico (De la Cruz) falou para mim: “Professor, desculpa, eu não tinha condições”. Não tem que pedir desculpa. Se não tem condição, não vai. E vou repetir todas as situações que foram passadas antes de vir para esse jogo, quando nós vencemos. Quantas pessoas já colocaram do calendário? Eu entendo a colocação, o torcedor, que está tão chateado quanto eu.

– Discernimento para que se tenha compreensão. Se não fica “ganhou, que beleza”. O futebol não é assim. E há sim a relação de saúde. (…) Quando nós vencemos quarta coloquei isso, então não é oportunista porque não perdemos. Ouçam e vejam a entrevista do Carlo Ancelotti. Ele diz que está programando férias para os atletas no meio da temporada porque o calendário é impossível. Não é só a gente, e não é desculpa. Estamos chateados, perdemos, não queríamos tomar quatro, é um clássico, dói, estamos tristes… Tudo verdade, mas um pouco de bom senso.


Saída de Gerson

– Nós tínhamos que jogar dois jogos em um só, esse e o de quinta. Se eu deixo o Gerson e estoura o Gerson, foi porque nós planejamos isso. Se estoura o Gerson, já está com o Arrascaeta, fica com outro jogador. E precisava (tirar) ou não teria o Gerson na quinta.


Recuo de Léo Ortiz no 2º tempo

– Ela teve tanto no primeiro tempo quanto no segundo. E foi a mesma mudança que fez com que nós vencemos o Palmeiras por 2 a 1 no jogo conjugado de 200 minutos. Você começa a utilizar na necessidade de dar saúde. Não é poupar ninguém, é de dar saúde, ter o mínimo de saúde mesmo correndo o risco de o desempenho cair. Não queria tirar o Gerson. Assim como o Ayrton e o Fabricio. As quatro substituições foram planejadas. Estamos tristes, mas estou reconhecendo o grande jogo do Botafogo, senão parece que futebol só joga de um lado.

1º gol sofrido


Matheus Bachi:

– Foi desde o início da jogada, não foi só o problema do cruzamento. Ele desencadeou quando teve um salto de pressão, encontraram um passe por dentro, e aí desencadeou. É uma jogada que a gente já sabia que eles tinham, e por isso do ajuste que fizemos na sequência do primeiro tempo e depois no intervalo, para ter um homem a mais na área e liberar os nossos alas para pegar a amplitude dos laterais deles. E ter os dois homens no eixo central para já não ter esse cruzamento. Só que aí, quando não acontece o resultado, fica mais fácil. Mas esse lance começou antes, na pressão alta.


Flamengo priorizando as Copas?

– O fato, sim (ter poupado contra o São Paulo e Botafogo). Mas da importância às Copas, não. Porque foi inevitável. Contra o São Paulo, era inevitável para ter na sequência uma equipe que preservasse a saúde e performance. Hoje não dava, não tinha condição.


Últimas substituições

– Léo Pereira zagueiro, e o Fabrício não pode jogar o jogo inteiro porque vinha em outra situação. Não tem o Viña, botar o Varela no lado esquerdo.


Contratação de Michael

– Nós temos que responder da parte técnica e tática, coordenação de movimentos, por que perdeu de 4 a 1, de jogos que não teve que repetir a equipe, de padrão tático, mas tem toda uma direção para falar sobre isso. Não vamos fugir da responsabilidade trazendo situações, não. O grande legado do Silvio Santos foi a marca de bom senso. Bom senso quando se ganha é fácil. Tem que ter bom senso em todos os momentos.

Fonte: netfla.com.br