Léo Ortiz é zagueiro, mas foi como volante que emplacou a maior sequência desde que chegou ao
Flamengo na última janela de transferências. Titular contra Grêmio, Athletico e Bahia, o jogador atuou improvisado no meio devido aos mutios desfalques. Para o camisa 3, a atitude define o atual ‘mood’ rubro-negro.
– Feliz com tudo o que vem acontecendo. A maneira como o time responde em meio aos desfalques, não só os da seleção que a gente já estava esperando, mas os outros que foram acontecendo. Jogadores que não vinham jogando tanto estão assumindo a responsabilidade. Alguns fazendo outras funções, como o meu caso e do Léo Pereira. Muito feliz pela equipe que a gente vem formando, o grupo que a gente vem construindo. Isso vai nos dar possibilidade de brigar lá em cima mesmo com tantos desfalques — disse Ortiz, que completou:
– A equipe está no “mood” (gíria em inglês que pode ser traduzida como “modo”) de sacrifício, de se doar pelo outro, de fazer outras posições e jogadores jovens assumindo responsabilidades já cedo. Trabalhando dia a dia para darmos conta do recado durante os jogos – analisou o zagueiro, no programa Resenha do Craque, da Fla TV.
Contra o Athletico, o
Flamengo sofreu um gol já nos acréscimo, mas conseguiu empatar na sequência, no último lance do jogo. A situação foi similar contra o Bahia, mas o Rubro-Negro saiu vencedor. O gol de David Luiz aconteceu no apagar das luzes no Maracanã.
– A energia foi absurda (no Maracanã). Parece que ali no final tínhamos muita confiança que sairia o gol. Escanteios, faltas perto da área. A torcida veio junto. Nos deu uma confiança ainda maior (…) Essa sinergia do time com a atmosfera da torcida faz com que a gente consiga esses pontos, e no final. Contra o Grêmio em casa, esse gol do último minuto com o David. Ele que não vinha jogando tanto no começo, mas agora está mostrando o seu valor. Todos estão fazendo dessa forma. Feliz pela vitória e até pelo empate contra o Athletico, merecíamos mais, mas tivemos coragem de buscar o empate – comentou o zagueiro.
+Ex-Flamengo, Roger conta que gol pela Polônia garantiu presente que nunca quis: “Cerveja vitalícia”
Léo Ortiz acertou 90% dos passes contra o Bahia e fez quatro desarmes. A atitude do zagueiro, de atuar improvisado como volante, já foi elogiada por Tite. Ele reconhece as dificuldades físicas diante das diferenças da dinâmica de jogo e reforçar o desejo de retornar para a zaga.
– Surgiu essa oportunidade por eu já ter feito essa função na base e por ter um conhecimento tático. Isso facilitou. É uma dificuldade porque a parte física é muito diferente. Na zaga você dá sprints longos para cobertura. Como volante eu estou toda hora correndo. Isso desgasta de forma diferente. No jogo de ontem eram quatro do Bahia com qualidade no pé muito boa. Foi um jogo que me desgastou bastante. Mas consegui fazer uma partida boa. Eu faço uma função de ser o facilitador para os meus companheiros de meio. Para eles receberem a bola mais à frente e não irem lá atrás buscar. Eu não vou tocar tanto na bola, mas tento me posicionar para facilitar meus companheiros.
– É uma exposição diferente, as valências físicas são outras e o posicionamento de campo são outros. É uma exposição que a gente se coloca, mas tudo em prol da equipe. A equipe estava precisando e talvez não tivesse outra solução. A gente tem a maturidade de assumir a responsabilidade e dar conta do recado. Não pretendo continuar fixo ali, me vejo muito mais como zagueiro. Já mostrei isso em outras temporada. Mas quando a equipe precisar eu vou estar ali para ajudar meus companheiros.
O próximo compromisso do
Flamengo é contra o Fluminense, atual lanterna do Brasileirão, no domingo, no Maracanã. Para Léo Oritz, o Brasileirão está equilibrado e os jogos devem ser tratados como finais.
– É um campeonato equilibrado no começo. O próximo jogo é contra uma equipe que está na parte de baixo, mas é um clássico e merece respeito. A gente tem que manter o nosso momento que está muito bom. Está embolado. Um resultado negativo pode custar a liderança e algumas posições. Os quatro últimos colocados são times de tradição. A gente tem que lidar todos os jogos como uma final, ainda mais nesse momentos que temos desfalques de convocados e dos lesionados. Muita gente se sacrificando para a gente se manter lá em cima.
+ Leia mais notícias do Flamengo
Fonte: netfla.com.br